Abav envia propostas ao Ministério do Turismo

A Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav) enviou ao ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, um documento com propostas para a área elaboradas pela diretoria da entidade e pelas Abavs estaduais. O documento, assinado pelo presidente da entidade, Tasso Gadzanis, foi enviado no último dia 17 contendo uma lista com quatorze sugestões.

Seguem as propostas, tais como foram enviadas ao novo ministério.

– O Programa Nacional de Municipalização do Turismo (PNMT) deve ser reformulado e ter continuidade pois é o melhor projeto de dinamização do turismo que o Brasil já teve. Nessa segunda fase, é importante sair da teoria e entrar na prática, criando a estrutura necessária para a municipalização do turismo.

A Abav, por intermédio de suas agências de viagens, poderá, em convênio com a Embratur, criar nos municípios de interesse do PNMT um núcleo para a venda de turismo receptivo – pois, sem isso, não existe a possibilidade de comercializar o produto;

– Canalizar recursos para a promoção do Brasil no exterior, lembrando sempre que cada dólar gasto em promoção do País representa a entrada de US$ 100 no mercado interno. Enfatizando também que os países limítrofes, por representarem o maior fluxo turístico, devem ter tratamento diferenciado na política de divulgação.

Uma parte dos investimentos deve ir ainda para a divulgação nos maiores veículos de mídia estrangeira e também para fornecer periodicamente material de qualidade para o setor editorial de revistas, jornais e agências de notícias no exterior. Tudo isso por intermédio de ação conjunta entre a Embratur, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério de Desenvolvimento Econômico;

– Promover o turismo religioso, ecológico e de aventura, criando folheteria específica para que as agências de viagens do Brasil e do exterior comercializem melhor tais produtos;

– Inclusão do turismo na balança de pagamentos como produto de exportação, para que o setor possa usufruir os mesmos benefícios dos exportadores;

– Otimizar as fontes já existentes de financiamento e criar novas linhas para o desenvolvimento do turismo;

– Criar em âmbito federal um sistema de férias escalonadas a ser oferecido aos governos estaduais e municipais. O governo federal, por intermédio dos ministérios do Turismo e da Educação, estimulará os estados a adotarem a medida, que trará benefícios ao turismo, atualmente concentrado em dois períodos do ano;

– Incentivar a melhoria na precária sinalização turística das cidades, adotando sempre os padrões internacionais. Nós, da Abav, estamos dispostos a participar de uma comissão para apresentar novas metas e objetivos concretos para tal fim;

– Intensificar ações do Estado que garantam a segurança do turista para não comprometer o produto turístico brasileiro; criar também legislação penal prevendo que crimes praticados contra o turista tenham penas aumentadas em razão de serem considerados meio de agravamento da pena;

– Utilização dos recursos do Fundo de Assistência ao Trabalhador (FAT) para a formação e aperfeiçoamento da mão-de-obra para o turismo, além de investimento em programas de intercâmbio com entidades de ensino público e particular;

– Incentivar o turismo doméstico por meio de ações junto às companhias aéreas, ABIH, Abla, Abav e entidades governamentais;

– Incentivar, por meio de linhas de financiamento, o saneamento básico e o serviço de limpeza das cidades turísticas que, junto com segurança e iluminação, são elementos essenciais para a atração de turistas. Lembrando que “cidade boa para o turista é aquela cidade boa para os seus habitantes”.

– Transformar a Embratur em Agência Brasileira de Desenvolvimento Turístico;

– Investir na capacitação e qualificação turística dos recursos humanos do setor e da população. É necessário, para isso, fomentar novos programas e apoiar fortemente os projetos já existentes, pois este é hoje um dos principais gargalos do turismo brasileiro;

– Priorizar a gestão pública compartilhada entre o poder público e a iniciativa privada, fortalecendo as alianças com segmentos diretamente interessados e visando uma gestão competitiva, de qualidade e de co-responsabilidade.

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