Universo é como bola de futebol, dizem cientistas

Cientistas anunciaram na última quarta-feira que novas observações estão sugerindo que o universo talvez seja redondo e remendado -como uma bola de futebol – e não infinito. A idéia surgiu da análise de dados enviados pela sonda WMAP, da Nasa, que “vê” como era o universo quando tinha apenas 380 mil anos e revela como um resquício do Big Bang, a radiação que ainda o atravessa como resultado da grande explosão, chamada de radiação cósmica de fundo, medida em microondas.

Na pesquisa, que mereceu a capa da prestigiada revista científica britânica Nature, os cientistas disseram que os dados da WMAP não são consistentes com a noção de um universo infinito. Jeffrey Weeks, um matemático independente baseado em Canton, Nova York, e pesquisadores da Universidade de Paris e do Observatório de Paris estudaram informações que sugerem que o universo é finito e feito de pentágonos unidos formando uma esfera.

Eles chegaram a essa conclusão porque a radiação de fundo tem variações, que podem ser comparadas às ondas do mar. Os pesquisadores explicam que a existência de um universo infinito seria condizente com uma grande variação no tamanho dessas ondas. Mas não foi o que mostrou o satélite da Nasa. O WMAP não detectou ondas grandes. “Isso aponta para um espaço finito, pelas mesmas razões que você não vê grandes ondas quebrando na sua banheira”, explica o site de notícias da revista Nature. “Desde a antiguidade, os seres humanos têm se perguntado se nosso universo é finito ou infinito. Agora, depois de mais de dois milênios de especulação, dados de observação podem finalmente ter respondido a essa velha questão”, disse Weeks.

Em um comentário da pesquisa, George Ellis, da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, escreveu que, se Weeks e seus colegas estiverem corretos, podemos estar vivendo em um universo pequeno e fechado.

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