Tecnologia para painéis solares de satélites

A fabricação de painéis solares que captam os raios do Sol para fornecer energia elétrica para satélites que giram ao redor da Terra é a novidade tecnológica produzida na cidade de São José dos Campos, no interior paulista. O mérito cabe à Orbital Engenharia, uma pequena empresa que desde 2003 domina o ciclo completo de produção desses artefatos.

“Além do Brasil, apenas países como Estados Unidos, França, Alemanha, Japão, Rússia e China têm capacidade para fabricar esses painéis”, diz o engenheiro mecânico Célio Costa Vaz, diretor da Orbital. Para adquirir o conhecimento e ingressar no seleto grupo de produtores de painéis solares espaciais, a empresa teve financiamento da Fapesp, por meio do Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (Pipe).

Também conhecidos como geradores fotovoltaicos, os painéis são a forma mais eficiente de geração de energia para satélites e balões estratosféricos. Eles transformam a radiação solar em eletricidade, energia essencial para o funcionamento desses veículos espaciais. A explicação para que apenas um pequeno número de nações domine a tecnologia de produção desses geradores está na dificuldade de montagem de sua unidade básica, uma peça chamada de Solar Cell Assembly (SCA), ou célula solar montada, em uma tradução livre.

Ferramentas essenciais

Esses três componentes -célula solar, interconetor e cover glass – podem ser facilmente comprados, mas o problema é fazer a montagem da célula. “À primeira vista, pode parecer um desafio simples, mas não é. Existem vários requisitos de qualidade que tornam essa montagem muito complexa. No passado, tentamos desenvolvê-la e qualificá-la, mas não conseguimos”, conta o engenheiro Célio Vaz, que trabalhou 18 anos no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), também em São José dos Campos.

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