Software livre gera economia para governo e empresas

“As universidades e escolas públicas operam sem cobrar absolutamente nada de seus alunos. Não obstante esta importante função social pagam pela maioria dos programas de computadores que utilizam. Se passarem a utilizar o software livre economizarão recursos que poderão ser aplicados de outra forma”. Esta é a opinião do professor Rubens Queiroz de Almeida, da Unicamp ? Universidade Estadual de Campinas, um dos palestrantes do simpósio Software Livre 2003, promovido pelo Cits ? Centro Internacional de Tecnologia em Software na próxima quinta-feira (15.mai.2003), a partir das 8 horas, no Hotel Rockefeller, em Curitiba.

A terceira edição do evento debate as vantagens econômicas e tecnológicas de programas abertos como o popular Linux, que podem ser utilizados, reproduzidos e alterados por qualquer pessoa, ao contrário dos chamados softwares proprietários, para os quais é preciso ter licença de utilização. “Outra vantagem é que ao passo que os ambientes proprietários requerem computadores cada vez mais poderosos, os softwares de código aberto funcionam de maneira bastante satisfatória em computadores com processador Intel 486 e até mesmo 386”, afirma Almeida, um dos pioneiros na utilização e difusão de software livre no país, já em 1990.

Os três níveis do governo aos poucos percebem a importância de um modelo alternativo de fornecimento de software. Experiências bem sucedidas como a do governo do Rio Grande do Sul, que instituiu o software aberto em toda a rede estadual de ensino e em diversos outros órgãos são exemplos a ser seguidos. É o que faz o governo do Paraná, que trouxe para a presidência da Celepar ? Companhia de Informática do Paraná, Marcos Vinícius Ferreira Mazoni, responsável pelo projeto gaúcho, também palestrante no evento.

Estudos mostram que o país repassa ao exterior US$ 2,5 bilhões a cada ano na compra de licenças de software. “Com o uso do software livre, o estado brasileiro pode economizar 50% desse gasto. Economia muito maior quando calculada por projeto desenvolvido sem a necessidade de pagar taxas de licenciamento”, explica Malzoni. A Celepar calcula que, somente com a implantação do sistema Linux na rede estadual de ensino, o Paraná economizará R$ 60 milhões.

Redução de custos que pode beneficiar também empresas e organizações sociais. “A popularização do acesso à informática passa necessariamente pela disseminação do software livre, plenamente confiável e com claras vantagens econômicas não apenas para a instalação mas também para a manutenção”, explica o professor da UFPr, Roberto Hexsel, que na palestra “Software livre e responsabilidade social” fala sobre seu projeto de informatização para a Pastoral da Criança, atendendo a 280 dioceses em todo o país.

Serviço
O Software Livre 2003 será realizado no dia 15 de maio, das 8h às 18h30, no Hotel Rockefeller (R. Rockefeller, 11, atrás do Shopping Estação). Inscrições e maiores informações na Internet:
www.softwarelivre2003.cits.br ou pelo telefone (41) 317-2000.

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