O britânico Steve Cunningham quer se tornar o primeiro piloto cego a sobrevoar a Grã-Bretanha. Ele começa hoje seu vôo que deve durar cinco dias. Cunningham terá um co-piloto como medida de segurança, mas, caso tudo dê certo, ficará no comando total da aeronave.
Para realizar a proeza, ele terá a ajuda de um software que vai informá-lo, por meio sonoro, detalhes sobre o vôo, da altitude à direção. A função do co-piloto, além de agir em caso de emergência, será checar se a informação passada pelo software de som está correta.
Cunningham já quebrou recordes de velocidade para deficientes visuais na terra (dirigindo um carro em uma pista de aeroporto) e na água (pilotando uma lancha de corrida).
“Eu sabia que podia (bater recordes) na terra e na água, mas no ar será o maior desafio”, disse ele. Apesar das dificuldades, o britânico está confiante e diz que pilotar sem a visão não é algo tão incomum. “Você não pilota uma aeronave com o que você vê, você voa baseado nas informações que você recebe do painel de controle.”
Para ele, seu vôo não é muito diferente do de um piloto que tem que viajar em meio às nuvens ou à noite. Cunningham desenvolveu um glaucoma quando tinha oito anos e perdeu a visão.