Pesquisadores brasileiros criam escudo anti-hacker impenetrável

Empregando princípios de computação quântica, rede neural e inteligência artificial, engenheiros brasileiros do Centro de Pesquisa Ricci, em Vassouras, no Rio de Janeiro, criaram um sistema quântico de codificação de dados que garantem ser inviolável. O verdadeiro escudo anti-hacker também é capaz de detectar tentativas de interceptação de dados, além de aumentar consideravelmente a capacidade de processamento do computador.

O sistema, batizado de RPS, será testado este mês pelo Serviço Nacional de Processamento de Dados (Serpro) e apresentado aos técnicos do Instituto Militar de Engenharia (Ime) e do Laboratório Nacional de Computação Cientifica (LNCC). O teste-conceito a ser realizado pelo Serpro analisará portabilidade, inviolabilidade e performance no tratamento de informações. A lógica computacional quântica e os processos matemáticos e físico-quântico que deram origem ao sistema continuarão guardados como segredo.

Projetado inicialmente para evitar fraudes e clonagens de cartões bancários (crédito e débito), o projeto acabou ganhando uma outra dimensão. Depois de analisar minuciosamente os sistemas de segurança de transferência de informações e os meios e métodos utilizados para fraudá-los, os pesquisadores concluíram que a fragilidade dos sistemas de segurança não está nos hardwares ou softwares, e sim nos processos operacionais que sustentam as transações.

Assim, o sistema RPS de transferência de dados incorporou os princípios quânticos aos recursos tecnológicos já existentes, descartando a necessidade do desenvolvimento de hardware ou software específicos para uso quântico. Com isso, o RPS pode ser instalado em qualquer máquina convencional, não havendo necessidade de se comprar ou trocar qualquer equipamento da rede já instalada.

Segundo o diretor de pesquisas e tecnologia da empresa, professor Leonardo Ricciardi, o novo conceito em segurança de transferência de informações desenvolvido com tecnologia genuinamente nacional, garante total inviolabilidade dos dados antes, durante e depois das transações, com a vantagem adicional de dispensar a obrigatoriedade de aquisição de equipamentos complementares. ?Não criamos uma máquina, mas um novo conceito computacional?, afirma Ricciardi.

A busca por novas tecnologias capazes de garantir o fluxo seguro e veloz de dados no devassado meio eletrônico já virou uma obsessão. Em várias partes do mundo, pesquisadores e cientistas estudam, ainda sem sucesso, a substituição do atual sistema criptográfico numérico pela criptografia quântica.

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