O Paraná vem despontando e crescendo em alguns segmentos, mas o que poucos sabem é que o estado também está no comando do terceiro maior pólo de e-commerce do Brasil, ficando atrás somente de São Paulo e Rio de Janeiro. Estes são os dados revelados esta semana pelo relatório da revista INFO EXAME (4º edição), que traz na edição de maio de 2003, o INFO 100, com o título Os Reis do e-commerce Brasileiro. As operações foram divididas em b2c (business to consumer), b2b (business to business) e a terceira categoria banco e corretoras.

O Estado entrou no relatório com cinco empresas entre as 100 maiores do Brasil – GVT, Renault, HSBC, Furukawa e Redemarket.com. O dado interessante é que cada uma representa um setor do comércio eletrônico (quadro abaixo). Outra análise pertinente neste relatório é o grau de competitividade das empresas que ficam fora dos grandes centros de negócios. Para o gerente da 3g.com.Br, Luciano Planca, empresa especializa em consultoria de e-commerce, com sede em Curitiba, como na maioria dos casos as empresas acabam realizando negócios em outras localidades, é uma grande solução para cidades com problemas econômicos locais. ?O e-commerce é um fato e pode ser uma grande solução se bem empregado, principalmente na questão social, pois atualmente gera postos de trabalho, com a mão de obra de profissionais especializados , disponibilizados de outros setores?.

Varejo Virtual
A empresa Redemarket.com e o supermercado Angeloni, foram as únicas do b2c – varejo, que não estão localizadas fora do eixo Rio-São Paulo, mostrando também o potencial do sul do Brasil. A Redemarket.com foi a única empresa paranaense entre as 100 maiores, listada no segmento de b2c – varejo, posição conquistada após quatros anos de experiência na internet.  ?Não aumentamos o volume do e-commerce Paranaense, por falta de políticas e estratégias adequadas ao setor, podendo potencializar os negócios das empresas para o mundo todo. A maior importância deste tipo de comércio é que ele realiza a transação com pessoas, fora da sua sede, favorecendo o comércio eletrônico e a distribuição de renda?, comenta o diretor da Redemarket.com, Marcos Freder. A sugestão do diretor é que se abra espaço na Secretária da Ciência e Tecnologia e na Industria e Comércio para iniciar a discussão do comércio eletrônico Paranaense.

Com todas as mudanças tecnológicas e econômicas ocorridas nos últimos tempos, as empresas tendem também a mudar suas estratégias. A Redemarket.com, conhecida por sua loja de variedades, entre perfumes importados, flores e cestas, está entrando em novos segmentos. Atualmente a empresa vende para brasileiros em mais de 30 países e a pouco mais de um ano está trabalhando com projetos na área de escoamento de marketing promocional via internet, com alguns projetos já realizados, entre eles o ?Natal do HSBC?. Apesar de ser um evento local, a empresa conseguiu escoar os produtos deste evento para 17 estados, sendo que 80% das vendas realizadas foram para fora do Paraná. ? O sucesso da operação decorreu do emprego das soluções de e-commerce, que  beneficiou a produção local, e também , contribui para as entidades sociais locais, que receberam parte da renda desta operação?, conclui.

A internet e principalmente os negócios eletrônicos, em 2002 consolidaram-se no Brasil, independente da crise econômica mundial. O e-commerce teve um aumento de 129% se comparado ao volume de transações de 2001. O numero de usuários já chega a 20 milhões este ano. O e-consumidor Paranaense tem ótimas opções de e-commerce local.. As empresas Paranaenses em buscas de novos mercados, também podem aproveitar as opções em desenvolver alianças estratégicas com estas empresas pioneiras na era digital.