O fenômeno da reversão de polaridade

Quem utiliza a bússola como instrumento de navegação não deve se surpreender caso, algum dia, acabe chegando ao lugar oposto de seu destino. Uma pesquisa da NSF (Fundação Nacional de Ciência, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, conseguiu determinar que o pólo magnético da Terra muda completamente de sentido, em média, a cada 7.000 anos. Publicado na Nature, o trabalho aumenta a compreensão sobre um dos maiores mistérios da física: o funcionamento do campo magnético da Terra. O fenômeno da reversão de polaridade já era conhecido, porém não se sabia com que freqüência ele ocorria. A dificuldade está no fato de que, em escala geológica, o processo de reversão é um evento rápido. Os novos dados são resultado do trabalho do geólogo Brad Clement, que estudou sedimentos profundos cavados em alto-mar pelo Programa de Perfuração Oceânica, da NSF. O material que Clement examinou continha registros das últimas quatro reversões de polaridade do campo magnético. Mas, para a surpresa do pesquisador, há uma variação desse tempo em relação à altitude. Em regiões do planeta de altitudes mais baixas, a reversão leva cerca de metade do tempo estimado para as mudanças em altitudes médias e altas.

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