Monitoramento de veículos fazem empresas ganharem tempo

O rastreamento de veículos e a otimização de rotas são destaques na 3ª edição do GEOBrasil 2002 ? Feira e Congresso Internacionais de Geoinformação ?, que acontece de 21 a 24 de maio, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. O evento, promovido e organizado pela Alcantara Machado Feiras de Negócios, conta com o apoio da GITA (Geospatial Information & Technology Association), maior entidade mundial do setor.

?É uma oportunidade para que os profissionais se reciclem, no congresso, e conheçam as novidades do mercado, na feira de negócios. A geoinformação tem trazido soluções para diversas áreas, como meio ambiente, segurança, gestão de cidades e muitas outras. O setor cresceu e deve faturar R$ 1,5 bilhão neste ano?, salienta José Danghesi, diretor do GEOBrasil 2002.

O serviço de localização é uma das aplicações da geoinformação que atraem clientes dia-a-dia. O monitoramento surgiu para melhorar a logística e otimizar rotas dos caminhões nos EUA. Hoje, no Brasil, voltado para segurança patrimonial, o rastreamento não só é usado para proteger veículos de carga, como também carros de passeio e frotas de serviços.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) começou a investir em geoprocessamento em 1997, quando iniciou o projeto de monitorar sua frota, que hoje tem 1,4 mil carros e atende mais de 850 municípios do estado de Minas Gerais, área onde a empresa tem concessão.

Depois das fases de teste e ajustes do sistema, a Cemig lançou oficialmente o serviço em 1999. Com uma central de operações em Belo Horizonte e outras menores nas cidades de Juiz de Fora, Governador Valadares, Divinópolis, Montes Claros, Uberlândia e Pouso Alegre, a empresa conseguiu otimizar o tempo e melhorar o atendimento.

?Assim que recebemos um chamado, localizamos e acionamos o carro mais próximo. Ele recebe uma mensagem no terminal de bordo do veículo informando o local para onde deve seguir e o tipo de serviço que deverá efetuar. Quando finaliza o atendimento, deve passar uma mensagem para a central dizendo o que foi feito, para que ela dê baixa no pedido e libere o carro para outra solicitação?, explica Luiz Carlos Duarte Pinto, analista da Cemig.

Hoje, todo o sistema de localização da Cemig é feito por satélite, mas de acordo com Duarte Pinto, a empresa está implantando o sistema via rádio e também deverá iniciar via celular. ?Temos dez carros em teste trabalhando via rádio. Chegamos à conclusão de que além de ser mais barato, o sistema de radiolocalização oferece mais vantagens, como a possibilidade de monitorar veículos até mesmo onde há muitos prédios ou em áreas fechadas. Nos locais que já existem antenas podemos compartilhar o uso delas com outras empresas, mas onde não tem, teremos que investir em instalação?, adianta.

Outro exemplo de aplicação da geoinformação é a otimização de rotas. ?Independentemente de ser monitorada, a frota que utiliza uma rota urbana pré-estabelecida ganha na qualidade de entrega e na redução de custos?, diz Cássio Rossetto, diretor da Logit, consultoria que usa tecnologia da informação em transporte e logística.

Com o uso da geoinformação, a empresa desenvolve soluções personalizadas e implanta softwares para facilitar o roteiro das frotas e do transporte dos funcionários da empresa. A farmácia Droga Raia, por exemplo, tem um sistema desenvolvido pela Logit que possibilita a organização das entregas à domicílio em até 4 horas. Já a Finambrás, corretora de câmbio títulos e valores mobiliários, entrega em até 2 horas os travellers cheques.?Localizando geograficamente os locais da entrega, o sistema gera a melhor rota para que o prazo de entrega seja cumprido?, afirma Rossetto.

A Logit também desenvolveu um sistema que organiza todo o transporte dos três mil funcionários do Pólo Petroquímico de Triunfo. ?A partir dos endereços que são incluídos ou excluídos do sistema é feita uma rota atualizada, com horários estabelecidos. Assim, o funcionário sabe a que horas o fretado passará na casa dele?, diz. De acordo com Rossetto, o custo de um projeto de otimização de rotas custa de R$ 20 à R$ 100 mil.

O GEOBrasil 2002 também mostrará o uso da geoinformação na prevenção de acidentes envolvendo petróleo, para mapear o desmatamento da Amazônia, para evitar o crescimento desordenado das cidades, para direcionar investimentos e reduzir riscos e outras aplicações.

Além de participarem dos cursos, seminários, debates, painel tecnológico e palestras especiais, os congressistas poderão conhecer as novidades e lançamentos de mais de 90 marcas, que estarão representadas por cerca de 50 empresas.

Entre os expositores estão a Sisgraph, Base Aerofotogrametria e Projetos, Samtiago & Cintra, Imagem Sensoriamento Remoto, Aeroimagem Aerofotogrametria. Geoambiente Sensoriamento Remoto, Intersat Imagens de Satélite, Digibase, Gisplan, Embrapa Monitoramento por Satélite e outros. O evento, que deve receber aproximadamente 4 mil visitantes, é voltado para profissionais do setor. As inscrições ou consulta da programação podem ser feitas no site
http://www.geobr.com.br ou pelo telefone (11) 6096-5311.

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