Fibra óptica acelera a internet na universidade

O governador Roberto Requião (PMDB) lançou ontem em Curitiba a Rede Paranaense de Ensino e Pesquisa ? sistema que substitui a transmissão da internet via telecomunicação por fibras óticas. A rede atende as seis universidades estaduais do Paraná e é resultado da parceria com a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel).

Entre os principais benefícios, estão a maior qualidade no uso da internet, economia e integração entre as instituições. “É um programa único, pioneiro no Brasil”, comentou o governador. “A qualidade das aulas vai melhorar extraordinariamente. Estamos jogando pesado na tecnologia de ponta.”

De acordo com o presidente da Companhia de Informática do Paraná (Celepar), Marcos Mazoni, o sistema anterior era atendido pela Embratel e custava cerca de R$ 1,4 milhão ao Estado. A perspectiva é que o novo sistema traga economia. “O investimento já foi feito pela Copel, que gastou cerca de US$ 100 milhões com o sistema de fibra ótica. O gasto agora foi de ligar aos terminais das universidades”, disse.

O novo sistema é composto por um anel central em fibra ótica que funciona para serviços da internet. A Copel cedeu os links e as fibras, enquanto à Celepar caberá a função de provimento da rede. Para o presidente da Celepar, as principais vantagens são a maior velocidade, que permite o acesso a trabalhos científicos, melhor qualidade de imagem e voz. “A rede vai servir como laboratório de pesquisa das instituições”, completou o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi.

Para o secretário de Estado para Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, o governo optou pelo novo sistema buscando atender a três condições: qualidade, economia e integração. “Já temos a definição política de iniciar no Paraná uma Rede Latino-Americana de Ensino e Pesquisa. Agora só falta a definição técnica”, comentou.

Demanda reprimida

Para o coordenador do Ponto Presença da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa da UFPR, Marco Aurélio Visintim, o novo sistema vem atender a uma demanda reprimida nas universidades públicas. “Havia uma demanda reprimida quando o atual governo assumiu, tanto de nível de informação quanto de gestão política”, afirmou. Até então, o sistema que existia nas universidades estaduais era a Intranet Paraná ? criada há cerca de cinco anos, durante o governo Lerner. Com o sistema de fibra ótica, a capacidade do terminal da internet nas universidades deve quintuplicar, segundo Visintim. Além disso, entre o fim do ano e o início do próximo está previsto o início do Consórcio Latino-Americano de Redes Avançadas, que deverá ser integrado à Comunidade Européia. O custo é estimado em 12,5 milhões de euros ? cerca de 10 milhões por parte da Comunidade Européia e 2,5 milhões por parte da América Latina. Entre os benefícios estão a possibilidade de se realizar videoconferências, teleconferências e ensino a distância.

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