Estaminas revolucionárias

O transplante de medula, com o limite que é encontrar um doador compatível, poderá ser substituído no futuro por um método inovador que funcionou em ratos de laboratório, produzindo reservas de células do sangue e regenerando a medula óssea. O anúncio foi feito no Journal of Experimental Medicine por pesquisadores da Northwestern University de Chicago, que regeneraram as células da medula óssea utilizando células estaminais retiradas de embriões de ratos. Partindo dessas células e graças a um coquetel ideal de fatores de crescimento, elaborado pela primeira vez, os pesquisadores transformaram as células-mãe em precursoras das células do sangue (glóbulos vermelhos e brancos) e cultivaram reservas dessas precursoras. Depois, elas foram selecionadas e transplantadas em ratos, aos quais se havia extirpado a medula óssea. Segundo informou o coordenador da pesquisa, Richard Burt, o novo método poderá oferecer perspectivas terapêuticas de longo prazo para os doentes de leucemia ou para pacientes imunodeficientes, aos quais se deve restabelecer o sistema imunológico. O especialista observou que, apesar da técnica envolver as estaminais de embriões, tem a virtude de eliminar qualquer problema de escolha do doador, excluindo completamente o perigo de rejeição das células transplantadas. Atualmente, encontrar um doador de medula compatível é a maior limitação, afirmou o cientista, para a saúde de pacientes com leucemia submetidos a quimioterapia.

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