Criador da Dolly clona mais quatro ovelhas idênticas

Sete anos após a morte de Dolly, o cientista que criou a famosa ovelha clonada, produz mais quatro outros clones, com a mesma carga genética idêntica a do “clone original”.

Ele usou tecido congelado de Dolly, que estava armazenado desde 2003. Keith Campbell, o “pai” das ovelhinhas, está mantendo “as Dollies” (como estão sendo chamadas) na Universidade de Nottingham.

Dolly “nasceu” em 1996, no Instituto Roslin, em Edimburgo. Seu nome é uma homenagem à cantora Dolly Parton e ela foi o primeiro mamífero a ser clonado usando-se uma célula adulta. Enquanto envelhecia, no entanto, Dolly teve algumas doenças severas – artrite e problemas respiratórios. Com seis anos de idade ela foi sacrificada, por causa de sua saúde.

Mas, agora, ela “vive” de novo. Campbell resolveu produzir novos clones para verificar se as técnicas mais avançadas de clonagem que temos hoje poderiam prevenir que as Dollies apresentassem as mesmas doenças que sua “mãe”. Até agora elas estão bem de saúde e não mostram sinais de artrite, apesar de já terem três anos e meio de idade.

Além de estarem com uma saúde melhor, as Dollies também foram mais “simples” de serem produzidas. Quando a Dolly foi clonada, 277 óvulos foram usados, 29 embriões conseguiram ser criados e apenas Dolly sobreviveu. No caso das Dollies, cinco embriões foram usados para produzir quatro ovelhas – apenas um não “vingou”.

Apesar da tecnologia da clonagem estar melhorando, ela ainda não é perfeita, de acordo com Campbell.

As Dollies estão sendo acompanhadas tanto por geneticistas quanto por ambientalistas, que se preocupam com um iminente desastre ambiental, que poderia ser desencadeado se muitos clones fossem colocados na natureza, comprometendo a variabilidade genética.