Costa admite que interatividade na TV digital brasileira não será imediata

Brasília – Os recursos de interatividade no modelo brasileiro de TV digital estarão disponíveis em etapas e não poderão ser utilizados de imediato. A informação foi dada nesta quarta-feira (28) pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, em entrevista coletiva concedida pela internet a jornalistas de todo o país.

O ministro, lembrando exemplos estrangeiros, alegou não serem justas as críticas referentes ao tema. ?Na Europa não existe plena interatividade, nos Estados unidos não tem nada e são países em estágio mais avançado. Ela [a interatividade] é um passo e não pode ser cobrada do Brasil agora.?

Hélio Costa explicou que as etapas da interatividade partiriam da linha telefônica para, posteriormente, avançar por meio da internet sem fio e do próprio terminal de acesso. Ele comparou o processo à implantação da TV a cores no Brasil, na década de 70, que também se deu por etapas, da capital para o interior e com sofisticação crescente dos aparelhos.

?Estamos dando um passo importantíssimo, nos aparelhando para disputarmos uma posição de liderança na América do Sul, igualando-nos à Europa e próximos aos Estados Unidos. Planejamos um sistema dentro do poder público, conforme o decreto do presidente Lula?, ressaltou Costa.

Além da interatividade, um dos principais benefícios do novo sistema para os telespectadores é a definição de imagem. Sobre isso, o ministro lembrou que estão à venda no mercado televisores de plasma e de LCD que não evitam as distorções.

Costa defendeu uma atuação do Procon para coibir falsas promessas das lojas que vendem aparelhos modernos e prometem uma qualidade de imagem que não existe. O ministro sugeriu um procedimento aos consumidores, para que não sejam lesados.

?Num televisor com 480 linhas, jogadores de futebol ficam irreconhecíveis em uma transmissão. Na primeira pergunta ao vendedor, deve-se pedir preços dos aparelhos de plasma ou LCD com no mínimo 720 linhas e registro disso na nota fiscal.?

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