Um sapato comum pode trazer conseqüência para anatomia biologicamente normal e a função do pé. Kristiaan D’Aout e Peter Aeters do Departamento de Biologia da Universidade da Antuérpia colaboraram em um trabalho sobre a biomecânica de andar descalço com Dirk De Clercq (Universidade de Gent, Bélgica) e com Todd Pataky (Universidade de Liverpool, Reino Unido).

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A equipe fez uma primeira análise detalhada da função do pé em pessoas que nunca usaram sapatos. Para este projeto, eles viajaram para o Sul da Índia, onde muitas pessoas andam descalças durante a vida, a maioria por razões espirituais ou financeiras.

Deste jeito, os pesquisadores necessitavam chegar a um critério dentro da função biológica normal do pé, que evoluiu por milhões de anos – descalço.

A pesquisa foi financiada pela Fundação para Pesquisas Científicas – Flanders, e baseada nas medidas dinâmicas da distribuição da pressão da sola do pé durante a caminhada. Isso mostrou que os pés de um pedestre descalço diferem tanto na forma como na função, em comparação com alguém que usa um par de sapatos.

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Pessoas que andam descalças têm pé mais largo e controlam melhor a distribuição das pressões por toda a superfície da sola do pé, resultando em um auge mais baixo (e mais favorável) de pressão. Como tal, os resultados científicos são também importantes para a medicina e para a qualidade dos modelos de calçados, que não devem impedir a função normal dos pés.