Educação

Pais devem ficar atentos na hora de escolher escola para os filhos

Para quem tem filhos, a proximidade do final de ano pode ser um momento de ansiedade, pois é exatamente neste período que os pais devem começar a pensar se vão manter as crianças na mesma escola ou mudá-las para outra instituição. Pais de Maria Luiza, de oito anos, e de João Guilherme, de quatro, a servidora pública Paula Macedo Mestre Machado e o analista de sistemas Dennys Machado, ambos de 36, sabem bem a responsabilidade e as dificuldades que envolvem a escolha da escola dos filhos.

Depois de uma experiência ruim, o casal acredita que conseguiu acertar este ano. “Nossos filhos agora estudam em escolas que valorizam o respeito e a relação humana, seguindo os mesmos valores da nossa família. Mas nem sempre estivemos felizes. Nossa filha estudava em uma escola grande e conceituada, boa para nossa rotina, mas que não atendia nossas expectativas em relação à forma como o ensino e os valores eram conduzidos e isto refletia no comportamento dela”, diz o pai. Desta vez, quando decidiram mudar a menina de escola, os pais fizeram pesquisas mais aprofundadas, além de seguir indicações de amigos. E gostaram tanto da nova escolha que decidiram matricular o irmãozinho também.

Para a psicopedagoga da Escola Terra Firme Ana Carollina Brofman, a escolha da escola deve levar em conta fatores como ambiente da escola, proximidade da casa da família e a linha pedagógica adotada. “Aqui na escola, além das atividades curriculares, buscamos instigar e desenvolver as crianças. Preparamos elas para serem cidadãs e não apenas para passarem no vestibular”.

Sobre as diferenças entre escolas públicas e privadas, a professora do Mestrado em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Joana Romanowski diz que a principal é a forma de administração. Mas todas devem cumprir o projeto de ensino determinado pela legislação, promovendo a aprendizagem dos alunos. Segundo ela, existem ótimas escolas públicas e privadas com resultados de Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) elevados. “O índice das escolas municipais de Curitiba é de 5.9, que coloca a rede em destaque. E esse índice é de consulta pública”.

Para ela, o conceito de educação de qualidade é relativo. “Cada pai precisa decidir que escola atende os objetivos da educação que pretende para seu filho. E, ao chegar na escola, deve verificar se ela atende a esses propósitos. Uma das primeiras providências é visitar a escola e conhecer a proposta pedagógica. Conversar com amigos que já têm filhos em determinadas escolas também a ajuda a esclarecer. Examinar o material pedagógico utilizado é outra boa referência”, observa.

Redes municipal e estadual

Marco Andre Lima
No momento da escolha, vários fatores devem ser levados em consideração, como o ambiente e os valores que a escola prega.

Para garantir a matrícula dos filhos em creches e escolas nas redes municipal ou estadual, os pais precisam estar atentos aos procedimentos seguidos. Na rede estadual, as matrículas costumam respeitar a proximidade do local de residência das famílias. Caso os pais desejem escolher a escola específica, devem procurar a de sua preferência, mas isto não garante a matrícula.

“Respeitando a lei, garantimos a vaga de todos os alunos, mas não necessariamente o pedido por determinada escola. Pode acontecer de a família solicitar a transferência do aluno para outro estabelecimento de ensino por alguma necessidade, estes casos são analisados”, informa a assessoria de comunicação da Seed-PR.

Neste ano, o período de matrículas vai de 1º a 5 de dezembro (no caso de alu,nos que estão iniciando no Ensino Médio) e de 8 a 12 de dezembro (para crianças e adolescentes que estão ingressando na rede estadual, independente do ano ou série). Nos demais casos, a matrícula é automática.

Na rede municipal, a orientação também é para que os pais procurem uma creche ou escola mais próxima de suas casas. De acordo com a Prefeitura Municipal de Curitiba, na capital, há vagas para todas as crianças no Ensino Fundamental. Já no caso das creches, a situação é mais complicada. “Temos fila de espera com cerca de dez mil crianças. Há uma previsão para que em 2016 este número seja zerado. Até lá, os pais devem fazer o cadastro na creche e renovar o mesmo a cada seis meses, aguardando serem chamados caso novas vagas sejam abertas”. Neste ano, as matrículas acontecem de 3 a 7 de dezembro.