Os mistérios de uma bolsa de mulher

A moda das bolsas gigantes está de volta, como a Dani Brito já comentou na seção de Moda desta edição (página 2). Há mulheres que não adotam a novidade porque acham desajeitado carregar algo tão grande e odeiam peso. Mas a grande maioria adora as bolsas enormes e é divertido explorar o que há lá dentro.

Carregam tantas “utilidades” que fariam até mesmo James Bond, Mackgaiver e os espiões de Missão Impossível ficarem com inveja. E as mulheres garantem: usam absolutamente tudo que está lá dentro. É possível encontrar coisas inimagináveis com a mulherada.

Na bolsa da assistente comercial Francielle Mayer, 33 anos, por exemplo, além do trivial (carteira, maquiagem, celular, chaves), tem leque, livro e Bíblia pra ler na fila do ônibus, contas, canetas marca texto (para organizar suas vendas de cosméticos) e um par de meias (foto). Ainda leva uma bolsinha pequena, para, se precisar ir ao banco, deixar a bolsa grande no trabalho e só levar o necessário para não travar na porta giratória.

Francielle passou a carregar as meias na bolsa depois que tomou chuva e molhou muito os pés a caminho do trabalho uma vez, passando muito frio. Foi salva por uma colega, que tinha levado uma blusa infantil para colocar numa caixa de doação da empresa, roupa que acabou servindo para esquentar os pés de Francielle.

Com tanta coisa, a bolsa da Francielle fica bem pesada. E o pior: só consegue carregá-la no ombro esquerdo. “Minha mãe e meu marido já chamaram a minha atenção, mas eu não consigo levar menos coisas. Vai que precisa”, argumenta.

Consciência

Ao contrário de Francielle, a farmacêutica Daniele Stuart Periotto, 28, prefere uma bolsa pequena e leve. Mas tem explicação: por causa do peso da bolsa que carregava durante a faculdade, Daniele teve que passar por um ano de Reeducação Postural Global (RPG), para “consertar” uma escoliose e colocar a coluna de volta no lugar.

A bolsa da Daniele é bem racional. Mesmo assim, ela garante que tem tudo o que precisa na rua e não passa necessidade. “Raramente sinto falta de algo”, diz ela, que já sai de casa maquiada e só leva alguns poucos cosméticos. Como boa farmacêutica, carrega um frasco pequeno de álcool gel e uma nécessaire com remédios, mas bem compacta. Ainda leva um caderninho de anotações, óculos de grau e de sol e um pendurador de bolsas.

Daniele não coloca nada nos bolsos externos, para não deformar a bolsa, nem a carrega nos ombros. Opta por bolsas com alças menores, para poder levá-las nos braços, alegando que é uma questão de preferência e saúde: “Não gosto de nada que pese no ombro. Nunca gostei de peso. Sempre usei bolsas pequenas”. Seja costume ou saúde, a preferência da farmacêutica a deixa sempre elegante.

Voltar ao topo