Aprenda a fugir dos cravos e espinhas

Um turbilhão de alterações hormonais e a predisposição genética contribuem para o aparecimento da acne.

A doença atinge 80% dos jovens entre os 13 e 18 anos. Apesar de ser comum, ela atrapalha a vida social dos adolescentes. O rosto fica tomado de cravos e espinhas, a pele se torna oleosa e o cabelo também. Situação difícil para quem começa a querer se impor socialmente.

E pior, ela também pode avançar pela idade adulta. Por isso, o tratamento para amenizar esse tormento e evitar cicatrizes deve começar logo. “Para o melhor tratamento, os jovens que sofrem desse mal, devem conhecer os mitos e verdades sobre o assunto e procurar um médico para orientá-lo”, esclarece a dermatologista Luciane Scattone, mestre pela USP e doutorando pela Unifesp.

As verdades

Avalie os produtos que está utilizando. O suor, associado ao uso de filtros solares e cosméticos gordurosos podem piorar a oleosidade da pele. “Para pele oleosa, o ideal são produtos oil free , livres de óleo ou não comedogênicos” indica Scattone.

Medicamentos que contém corticóides, vitaminas do complexo B, lítio, isoniazida também devem ser evitados. Além disso, é preciso controlar a ansiedade e o estresse, já que eles também contribuem para agravar o quadro.

Os mitos

Todo mundo já ouviu a frase “chocolate dá espinha”. A afirmação quase folclórica já foi alvo de centenas de estudos e até hoje nenhum deles comprovou a relação.

Já os cravos, que muitas pessoas insistem em dizer que surgem por causa da sujeira da pele, são na verdade a oxidação da gordura. Ou seja, mais uma afirmação que cai por terra.

Por fim, a eficácia da exposição ao sol para “secar” as espinhas, também não foi cientificamente comprovada.

Diante disso, os pacientes que apresentam acne devem seguir o mesmo passo: procurar um especialista. Geralmente, os tratamentos são longos. O ideal é ter paciência com a certeza de que acne tem cura.