Maldição do padre Zeca pegou no Savoia

O sobrenatural ronda os times de futebol como a bola ronda a pequena área. Entre os times que nasceram no começo do século, e competiram e sobreviveram até os anos 1950, o Savóia, ou Água Verde, era o único que não experimentou o gostinho de ser campeão estadual. Toda que vez que a coisa estava para acontecer, algo dava errado e o time ficava para trás. O máximo que o Savóia conseguiu, com este nome, foram dois vice-campeonatos, em 1922, quando o Britânia foi campeão, e em 1925, quando o Atlético foi campeão. E neste último, ainda dividiu o vice-campeonato com o Operário Ferroviário, de Ponta Grossa.

Para alguns fanáticos pelo clube, como o velho Valdomiro Rubineck, o Lima, não se tratava de cavalo paraguaio coisa nenhuma, mas da maldição do padre Zeca. Num passado remoto, após ficar pelado e tomar banho no rio Barigui, para se refrescar, o religioso descobriu que suas roupas haviam sumido. Como tinha missa, e não podia chegar pelado na igreja, ele ficou desesperado e pediu socorro a um morador das proximidades, que lhe emprestou as roupas.
Este morador fez mais: contou quem sacaneou o Padre Zeca. “Foram os rapazes que jogam futebol lá no Savóia”. Irado, no mesmo instante o Padre Zeca sapecou a sua maldição: “Que o Savóia seja amaldiçoado e jamais seja campeão”. Dito e feito.

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