Maldição da cigana na Vila Capanema pegou

Numa tarde quente na Curitiba dos anos 70, uma andarilha cigana com uma criança no colo perambulava pelos arredores da Vila Capanema quando o filhinho sentiu sede e ela sem pedir para ninguém se encaminhou para uma torneira perto do campo do estádio. Era uma cigana andrajosa, com aqueles adereços e expressão sofrida e cansada. Os seguranças do clube foram implacáveis e expulsaram a mulher antes que ela matasse a sede de seu filho. A mulher olhou o escudo do Colorado no estádio, encarou os seguranças e lançou a maldição. “Este time não vai ganhar nenhum título enquanto existir”, disse. E se afastou.

Os seguranças riram e debocharam, naturalmente, não são eles que sofrem nas arquibancadas – e nem correm atrás da bola. Mas o certo é que a única vez que o Colorado foi campeão, ele dividiu o título com o Cascavel. A maldição da cigana pegou o time em cheio: não ganhou um título sequer, apenas meio. Praga é praga e de cigana é ainda mais pesada. E para se livrar da praga, o Colorado deixou de existir.

A inhaca do Colorado era tanta, que até jogador morreu em campo com a camisa do clube. O atacante Valtencir se chocou com o jogador Nivaldo, do Grêmio de Maringá, numa partida realizada no estádio Willie Davids, em 1978.