Lenda viva

Foi no Tricolor que Washington apareceu de vez no futebol

Em 1998, o Caxias emprestou o atacante Washington para o Grêmio. No entanto, o jogador sofreu uma série de lesões e não disputou nenhuma partida oficial e não marcou nenhum gol. Por esta razão, o primeiro tricolor na vida do atacante, para efeitos oficiais, foi o Paraná Clube. Time em que ele chegou ano seguinte e pelo qual o atacante fez 30 partidas e 20 gols. E que foi o seu primeiro clube no Estado. A sua estreia com a camisa tricolor aconteceu no dia 13 de maio de 1999, numa partida contra o Batel de Guarapuava, vencida pelo time de Vila Capanema por 4×0. Estreia com marca de artilheiro. Ele fez um dos quatro gols. No Campeonato Paranaense, Washington balançou oito vezes as redes adversárias naquela temporada, três a menos que o artilheiro da competição, Cléber, do Coritiba, que foi campeão. O Paraná foi vice.

No Campeonato Brasileiro, Washington fez dez gols com a camisa tricolor. Sua estrela começava a brilhar e sua atuação chamou atenção da Ponte Preta, clube pelo qual ele teve uma passagem sem brilho em 1998, cedido pelo Caxias por empréstimo. Desta vez o time campineiro teve que enfiar a mão no bolso: pagou US$ 1 milhão ao clube de Vila Capanema pelo centroavante. E não se arrependeu. Nem o jogador. Foi em Campinas que a primeira fase da carreira do atacante – aquela que termina no Fenerbahçe com o problema do coração – deslanchou. Washington estava com 25 anos, foi apresentado no dia 26 de junho de 2000 e na Copa João Havelange (Campeonato Brasileiro) marcou dezesseis gols. No primeiro semestre do ano seguinte, ele foi artilheiro do Campeonato Paulista com catorze gols. E mais: foi artilheiro da Copa do Brasil com 12 gols, ajudando a levar a Ponte Preta às semifinais inéditas da competição para o clube. Estava numa boa vitrine e fazendo a coisa certa: gols. A fase estava boa e foi coroada com a convocação para a seleção brasileira.

Arquivo

Seleção

“Jogar pela Seleção foi a realização de um sonho. Disputei a Copa das Confederações no Japão e na Coréia. Joguei dez partidas e fiz três gols.”

Começo

“Comecei a jogar futebol em Brasília, minha terra natal. Fui fazer um teste num time de bairro e gostava de jogar no ataque. Foi ali que o treinador me disse que eu teria futuro no futebol se eu jogasse como centroavante.”

Caxias

“Fui convidado para jogar no Caxias que, por coincidência, é terra da minha mãe. Por isso ficou mais fácil minha ida para a cidade. Lá fiquei desde a equipe juvenil até me profissionalizar. Por isso tenho um carinho especial pelo clube.”

Coração Valente

“Ganhei o apelido de Coração Valente devido ao meu problema e a história de superação de muita luta e vencer os objetivos. Por isso acabei tendo este apelido que se encaixou muito bem.”

Time

“Assim como o Atlético, tenho um carinho enorme pela Ponte Preta. Foi por lá que cheguei à seleção brasileira e fui artilheiro de campeonatos importantes. O Fluminense é também um dos clubes pelo qual me identifiquei. A torcida me tem como um grande ídolo, principalmente depois de um grande título que conseguimos em 2010, depois de muitos anos. E o gol mais importante com certeza que eu fiz no Fluminense foi na Taça Libertadores de 2008 contra o São Paulo, aos 46 minutos do segundo tempo, diante de quase 100 mil pessoas.”

Japão

“Jogar no Japão foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida profissional. Foram três anos e ganhei praticamente todos os campeonatos que disputei e também fui artilheiro desses campeonatos, inclusive o Mundial de Clubes de 2007, no qual ficamos em terceiro lugar e eu fui o arti,lheiro. Lá eu cresci muito na vida pessoal, aprendendo uma das melhores culturas do mundo.”