Lenda viva

Bídio escreveu uma bela história no time do Ferroviário

No começo dos anos 60, o Norte do Paraná arrebatou a hegemonia do futebol paranaense por quatro anos. Cidades como Cornélio Procópio, Londrina e Maringá montavam times imbatíveis. Em 1964, disputando o título de 1963, o Ferroviário foi vítima dos poderosos times do Norte perdendo o título no final de março para o Grêmio Maringá em plena Vila Capanema. Mas dois anos depois, em dezembro de 1965, coube ao Boca Negra retomar a hegemonia do futebol paranaense para o sul. Bídio lembra este tempo: “Quando a gente foi disputar o título contra o Grêmio de Maringá, a cidade do Norte do Paraná ainda era pequena. E a gente sabia que ela tinha uma dupla de zagueiros muito fortes. Era uns limpa-trilhos. Era o Pinduca e o Roderley. Os dois mandavam na área. No primeiro jogo a gente perdeu por 3 a 2 e no segundo estava ganhando de 2 a 1 e o título era nosso, mas levamos um gol quase no final do jogo. Mas aí, dois anos depois nós fomos campeões em cima do mesmo Grêmio, ganhando lá de 1 a 0 e aqui de 3 a 1. No ano seguinte, foi uma festa maior ainda: fomos bicampeões com uma rodada de antecipação”.

Bídio foi importante na conquista dos dois títulos. No primeiro ele fez o gol sobre o Coritiba, que levou o título da Zona Sul para a Vila Capanema. E no segundo, ele marcou dois gols decisivos contra o Coritiba. Por estas e outras que Bídio é considerado um nome histórico do Boca Negra.

Arquivo

Chorão    

“Sicupira era um amigo e um bom companheiro. Mas quando começou a jogar com a gente ele era um chorão. Só foi amadurecer no Botafogo.”