Ajuda gratuita

Mutirões dão consultoria pra tirar dúvidas da declaração

Para os contribuintes que sempre têm dúvidas sobre como preencher sua declaração, participar de mutirões gratuitos de consultoria pode ser uma boa alternativa para evitar erros e posteriores dores de cabeça.

A FAE Centro Universitário desenvolve o tradicional projeto Amansando o Leão com o objetivo de descomplicar a declaração. A ação, que orienta gratuitamente os cidadãos quanto às dúvidas sobre o Imposto de Renda de Pessoa Física, acontecerá em diversos pontos de Curitiba e terá atendimento em São José dos Pinhais, até o dia 26 de abril.

Durante o atendimento serão solucionadas dúvidas como declaração de cônjuges, bens imóveis quitados ou financiados e rendimentos oriundos de alugueis e vendas, lucros de sócios de empresas, aposentados, autônomos e demais profissionais, inclusão de dependentes e alimentados, despesas com educação e saúde, opção pela declaração completa ou simplificada e quais os erros mais comuns cometidos pelos declarantes.
Para ser orientado é necessário levar a cópia da declaração do IRPF anterior (caso tenha declarado) e os informes de rendimentos obtidos no ano passado. Os atendimentos devem ser agendados pelo telefone 0800-727-4001. Doações de alimentos não perecíveis são bem-vindas.

Tem também a campanha Declare Certo, promovida pelos Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná (Sescap e Sescon) filiados à Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis (Fenacon), que terá plantões de atendimento em Curitiba no dia 10 (sexta), das 8h30 às 17h, na Praça Osório.

Uma boa estratégia é reunir toda a documentação e levar junto na consultoria, tais como comprovantes de rendimentos e pagamentos referentes a 2014, o que inclui o relatório de rendimentos disponibilizado pela empresa empregadora, comprovante e saldo de depósitos e aplicações em agências bancárias, rendimentos obtidos a partir da locação de imóveis e pagamento de aluguel e comprovante de gastos com educação e saúde. Assim fica muito mais fácil sanar as dúvidas.

Como o Leão virou símbolo do IR

O símbolo do Leão como ícone do Imposto de Renda foi popularizado na década de 80, graças a uma campanha publicitária desenvolvida pela agência de publicidade DPZ e veiculada na mesma época. Encomendada pela Secretaria da Receita Federal, a propaganda passava a mensagem, por meio da imponência do felino, que é o rei da selva, mas não atacava sem avisar. Justo, leal, manso, mas não bobo.

O imposto sobre a renda geral no Brasil surgiu em 1922 com a Lei 4.625, que orçou a Receita Geral da República dos Estados Unidos do Brasil para o ano seguinte. “Art.31. Fica instituído o imposto geral sobre a renda, que será devido, annualmente, por toda a pessoa physica ou juridica, residente no território do paiz, e incidirá, em cada caso, sobre o conjunto liquido dos rendimentos de qualquer origem”, diz o texto. Antes da lei, havia tributação pontual sobre a renda, mas sem repartição própria ou funcionários com dedicação exclusiva ao tributo. Era o Imposto sobre Vencimentos, criado em 1843, pela Lei 317, direcionado para quem os recebesse dos cofres públicos; uma espécie de tributação exclusiva na fonte. O primeiro regulamento do Imposto de Renda foi em 1924, ano em que o brasileiro foi obrigado a declarar, e previu entre outras determinações uma prática até a pouco tempo recorrente na prestação de contas do, contribuinte com o leão: o adiamento do prazo de entrega da declaração.

No ano de 1991, 67 anos depois da criação do primeiro formulário de papel, a Receita cria o primeiro programa de entrega da declaração do Imposto por meio magnético. O contribuinte preenchia os campos com os dados e entregava um disquete nas agências da Receita. A popularização dos computadores era incipiente e apenas 3% dos contribuintes entregaram as declarações neste formato. A adesão aumentou a cada ano, quando o contribuinte percebeu as vantagens da entrega por meio eletrônico, entre elas a rapidez no preenchimento; transporte automático de valores e a apuração eletrônica do cálculo do imposto e dos limites legais. Em 1997, mais da metade dos contribuintes já preenchia a declaração anual de ajuste do Imposto de Renda Pessoa Física por meio eletrônico. Nesse mesmo ano teve início a entrega via internet. Com o programa Receitanet o contribuinte já podia preencher e entregar a declaração sem sair de casa, bastando “baixar” da internet os programas para preenchimento e envio.
Em 2008, ano-calendário de 2007, ainda eram duas as formas de preenchimento da declaração: computador, com quase 99% de adesão, e o formulário. Foi suprimida a declaração simplificada online. A declaração por telefone já havia sido extinta em 2006. Em 2011, no exercício do ano calendário 2010, chegou ao fim o formulário de papel. O contribuinte tinha como opção a internet ou o disquete, entregue no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal.

Atualmente, a entrega por mídias removíveis (disquete, CD, pendrive) foi extinta. Essas mídas só podem ser utilizadas na entrega de declaração em atraso, e apenas em unidades da Receita Federal, e de forma obrigatória para envio de declarações de espólio que envolvam valores de rendimentos e pagamentos acima de R$ 10 milhões.

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