Brasil nas ruas

Mais de um milhão de brasileiros já saíram às ruas para dar um basta e mandar um recado direto para os governantes. O Paraná Online abre este espaço para que você possa expressar o seu descontentamento.

Se você participou dos protestos, nos diga quem é, o que o levou a protestar e também envie fotos do momento histórico que o Brasil viveu.

Se você não participou dos protestos, também queremos ouvir a sua opinião. Utilize este espaço como um instrumento democrático para levar o que você pensa a todo o Brasil.

Para participar é fácil. Pode ser por e-mail: fale@pron.com.br twitter: @paranaonline e no Facebook da Tribuna: facebook.com/tribunadoparana

Direito e dever

Manifestação bonita, povo na rua mostrando que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil.

Entretanto, nada adianta toda esta demonstração de poder se no ano que vem elegermos os mesmos políticos corruptos que todos conhecem. Ainda acredito que há políticos honestos e, por isso, antes de votarmos, devemos investigar quem são estes, para que sejam merecedores de nosso voto de confiança.

Apenas escolher nossos representantes também não vai resolver o problema, pois devemos cobrar e fiscalizar a sua atuação tanto no Legislativo como no Executivo. Este é o nosso direito e dever em uma sociedade democrática. Quando deixarmos de votar em corruptos e desonestos teremos hospitais, escolas, delegacias, rodovias, portos, aeroportos, serviços públicos e muito mais “padrão FIFA”.

Um reforma política se faz urgente e necessária em nosso País, pois as regras vigentes impedem que o político honesto e bem intencionado consiga a aprovação dos projetos inteligentes e de interesse de todos e não apenas de um pequeno grupo de interessados.

O orgulho e entusiasmo que foi demonstrado pela Seleção Brasileira de Futebol, o nosso amado Hino Nacional cantado com o peito estufado, deve ser o mesmo, ou até mesmo mais intenso, quando o Brasil se vir livre dos corruptos, não só no campo político, mas em todas as esferas de nossa Sociedade.

Sandro Andrioli Bittencourt – Engenheiro, Acadêmico de Direito e Professor Universitário (por e-mail)

Não!

É bom alvitre lembrar que ninguém saiu às ruas para pedir plebiscito… Saímos às ruas para exigir o fim da corrupção, por mais segurança, por mais saúde e educação. Saímos para pedir que justiça seja feita, seja aplicada devidamente. E não para Plebiscitos… Isso ai é pretexto para enrolar os manifestantes!!!

Alberto Nunes Filho (por e-mail)

Cobrar sempre

Foi lindo ver a indignação das pessoas na rua, mostrando sua revolta. Aquilo que defendemos em sala de aula se tornou verdadeiro, pois estamos enfim exigindo nossos direitos. Não devemos tolerar mais promessas vazias e infundadas. Temos que cobrar, sempre!

Para isso, não podemos nos dispersar, jamais. Esse movimento tem que ser eterno. Teve seu início nesse momento da história, deve prosseguir para ver se o que está sendo proposto pelo governo federal será de fato realizado (e num espaço curto de tempo), e continuar ano que vem, ano de Copa do Mundo e eleições. Quem merecerá nosso voto? Auquele que estiver comprometido com as causas do povo!

Defendo o seguinte lema: A luta deve ser contínua, pos se esmorecermos, os ratos tomam conta.

Professor Luiz Fernando Levandoski (por e-mail)

Ponto final

Já deu… quem for para a rua a partir de agora com aquele papo de ser da paz e que quem faz baderna é minoria só vai servir de escudo humano para baderneiro. E eu falo isso metaforicamente… porque acabam virando “fumaça” para esconder essa turma de bandidinhos… piazada bandida… Não, na minha cidade… Não aqui…. se querem aparecer na tv, falar com prefeito, se fazer de político na sala de aula, tudo bem.

Mas na minha cidade, querer me levar para a rua para seguir criança liderando com batuque e depois eu sentir que estou escondendo esses bandidos no meio… nem pensar. Acabou… o legado ficou, o povo mostrou que tem vontade de fazer a coisa certa, todo mundo discutiu política ao invés de novela e futebol… mas agora vamos começar a discutir tudo mais profundamente… e deixar a polícia dar um corre nesses bandidinhos, que vão chegar em casa felizes porque saquearam tudo e quebraram toda a cidade… sem nem ser presos e com ajuda dos “da paz”.

Diogo Eugenio de Lima (via Facebook da Tribuna)

Já era hora

É a coisa mais linda de se ver. O povo acordou e quer mudanças. Ninguém mais vai sofrer calado, queremos saúde e educação de qualidade. Até agora fomos massacrados por políticos e empresários corruptos… Um governo que favorece poucos e tira o sangue de muitos.

Já era em tempo uma revolta. Com tantos problemas sérissimos que o Brasil enfrenta, ainda vem o governo com Copa do  Mundo. Não é possível a tamanha alienação galopante! O que está estragado tem que ser consertado, é um trabalho árduo, mas não é impossivel, basta a boa vontade de nossos eleitos.

Ha!! E essa ideia insana do governo de trazer médicos de fora!! Faça me o favor, ter a ousadia de falar isto em rede nacional!! Tem é que dar o curso de medicina aos nossos!! Quantos não o fazem por não terem como pagar? O povo sofrendo e tem gente se fazendo de louca!! Vamos enfrente!!

Janaina Gurgel do Amaral Valente Gandara (por e-mail)

Isto é uma vergonha!

Eu não participei das manifestações, pois tenho medo de ser ferida pela polícia e pelos manifestantes. Mas apoio aqueles que vão relmente protestar contra tudo de errado que vem acontecendo no País há muito tempo. Falta de segurança, saúde, educação, dinheiro público indo para empresários e os estádios de futebol. Eu não vejo há muitos anos construções de cadeias aqui no Paraná. Eu gostaria que os senhores governantes fizessem cadeias com mão de obra para os presos, seja indústria ou na agricultura. Colocar chip ou pedra nos pés deles e põe para trabalhar 12 horas diárias para conseguir ganhar seu próprio sustento. Também tem que reduzir os altos salários dos políticos. Na Assembleia Legislativa do Paranápr a mulher cafezinho ganha 10 vezes mais que um professor, que ainda apanha em sala de aula. Isto é uma vergonha!

Matildes Martins (por e-mail)

Questões urgentes

Precisamos nos organizar, temos que ter representates que levem aos representantes do governo nossas solicitações. Queremos ações urgentes em: 1º-segurança, 2º-educação, 3º-saúde, 4º-reforma tributária e 5º-corrupção.

Vamos fazer benchmark nos países desenvolvidos, com intuito de pegar idéias… o que eles têm que está dando certo… Vamos estipular prazos para nossos representantes, faremos reuniões de follow-up trimestrais, acompanhamentos… Trabalho sério…

Vamos nessa, turma, o caminho é esse… agora sim tenho orgulho de ser brasileiro.

Marco Zimkovicz (por e-mail)

Proposta

A galera tem que exigir nesses protestos a seguinte proposta: retirar qualquer tipo de convênio médico de todos os políticos. Fazer com que eles usufruam dos nossos hospitais padrões FIFA. Retirar qualquer ajuda de custo e moradia, já que Brasília já tem apartamentos que podem ser usados por parlamentares, mas que ninguém, por algum motivo que o povo não sabe, não os utiliza. Eles têm que ser estilo o povo, receber o salário, que já é gordo, e pagar seu próprio aluguel. Andar de avião idem, veículos de luxo também, que comprem com seu salário ou então utilizem no,sso transporte publico a R$2,85 ou utilizem alguns metrôs padrão FIFA que algumas cidades utilizam.

Nada mais justo, porque é assim que vivemos. Nas empresas não temos altos salários e nem carros a disposição e nem ajuda de custo ou auxílio moradia e temos sempre o pior convênio médico do mundo. Sem contar que devem fazer sua jornada de 44 horas semanais, com férias a cada um ano e desconto sobre faltas não justificadas. E se quebrar algo ou causar prejuízo ao País, que seja descontado dos seus salários e sejam responsabilizados para servir de exemplo. Que os impostos sejam descontados corretamente, que não tenham privilégios, como imunidade parlamentar, que trabalhem até 35 anos de contribuição ao INSS, com 65 anos exatos para pedir aposentadoria e, na hora que precisarem de um bom advogado, utilizem nossa excelente defensoria Pública.

Com esses tipos de argumentos podemos fazer um bom protesto, porque a maioria dos políticos safados e ladrões que lá estão, tem menos estudo que você que está lendo isso. E porque tem que ter mais privilégios que você, porque tem que ser diferente? Para melhorar esse País, eles têm que passar pelo que passamos, para valorizar todo brasileiro, que todo dia acorda a partir das 4h30 da manhã e retorna às 20h para o seu lar e, mesmo com toda dificuldade, ainda encontra tempo pra dar cainho e amor a sua família. Se isso acontecer, aí acredito em um país melhor. Enquanto formos tratados com indiferença, não adianta protestar que nada irá mudar e, no final, todos que lá estão serão tratados como marginais…

Paulo Roberto Oliveira (por e-mail)

Um dia de fúria

Fico indignado ao ler alguns comentários dizendo que muitos manifestantes não sabem o que estão fazendo na rua, que isto é errado e deveriam exercer o direito nas urnas. Amigos isto não se resolve, isto que está acontecendo é um exemplo do filme ‘Um dia de fúria’. Tudo já encheu o saco, transporte público, segurança pública, SUS, hospitais e demais atendimentos sucateados, enquanto brota dinheiro para a Copa do Mundo, mensaleiros passeam livremente, altos salários e vida de marajás.

Isto é uma manifestação por indignação, apenas isto, o povo cansou! E fica meu repúdio ao torcedores do Atlético, isto mostra o quanto este Julião, como homem público, é despreparado, sem argumentos e sem projetos. Deveria se envergonhar de fazer parte da escória de políticos sujos e envolvidos em falcatruas.

Fernando Reif – bombeiro (por e-mail)

Risco oculto

Na história mundial das ditaduras, houve sempre repressão a qualquer partido político nos países que passaram ou ainda vivem o estado maléfico de excessão. Nos protestos que ocorrem no Brasil, há total coibição da presença de partidos políticos, o que é um fato grave diante da imensa massa nas ruas que estão abrindo margens não somente a ação da marginalidade, mas ao risco de o estado de Democracia conquistado com lutas partidárias e populares estar prestes a ser muito abalado!

Célio Borba (por e-mail)

Primavera brasileira

O movimento por um país mais administrativamente decente recebe crítica por sua principal virtude, o fato de não ter um dono. Ele não se originou de partidos, nem ONGs, nem grupos religiosos nem de radicais. Seus fundadores são estudantes, para não dizer do povo, de todos os brasileiros insatisfeitos. Se seguissem alguma instituição seriam tachados de alienados, quando não seguem são chamados de perdidos, sem foco e sem ideal. Os críticos não conseguem entender que a importância está no fato de a participação ser justa, seja iniciado espontaneamente ou por alguma organização.

Outra parte grandiosa critica o fato de os insurgentes não andarem de ônibus. Mesmo o jornalista Roberto Pompeu de Toledo entrou na onda ao sugerir que esses deveriam pleitear passagem gratuita de avião. Por essa ótica, eu nunca deveria ter ,me manifestado contra a violência doméstica, especialmente o espancamento de mulheres pelos companheiros, já que eu nunca agredi minha esposa.

Antes da manifestação histórica do último dia 17 de junho, a grande mídia chamava genericamente a todo o movimento de baderneiro, além da veemência dela e das autoridades na defesa da truculência policial, como condição inevitável. Sempre era a polícia quem reagia. Não levava em conta a possibilidade de infiltração por quem tem interesse em desmoralizar e tirar a legitimidade do movimento.

Depois do ocorrido a miopia acabou e reconheceram que os baderneiros são uma minoria. Além disso, ninguém, absolutamente ninguém, disse que a responsabilidade de prendê-los é da polícia. De forma nenhuma se justifica quebra-quebra. Mas só não é compreensível que uma agência bancária quebrada pelos oportunistas repercuta muito mais do que as centenas que voam aos ares todos os dias pelas dinamites da bandidagem. E, por maiores que sejam os prejuízos, é uma gota d’água no oceano da corrupção que, de tão arraigada na nossa cultura, as pessoas defendem a diminuição e não em acabar.

Nesse afã de criticar, a maioria se esquece de que o nome correto é criminoso para quem quebra ou danifica bens alheios, sejam públicos ou particulares, ou agride outras pessoas. Outra crítica dissimulada é diminuir a importância do aumento da passagem. É caro qualquer valor cobrado por serviços de qualidade idêntica à dos transportes públicos no Brasil. Quem utiliza trem, metrô ou ônibus em horário de pico sabe que é indecente e desumano. Ainda que fosse gratuito teria que melhorar, pois como está ofende a dignidade da pessoa humana.

Todos já sabiam que qualquer fato poderia ser a gota d’água. Foram os 20 centavos. O movimento cresceu de centenas para milhares numa semana. É preciso definir uma data nacional de manifestações simultâneas em todas as capitais e grandes cidades. Daqui por diante, assim como nas greves, seria importante manter um estado de manifestação, até que se inicie um processo de melhorias nos serviços públicos e privados.

Ferrenhos analistas dizem que as autoridades não sabem como responder aos pleitos por não ter um foco. Em nenhuma hipótese essa ausência de metas é da responsabilidade dos manifestantes. Já que os governos não sabem, aqui vai uma sugestão: bastaria melhorar acima de mil por cento a qualidade do ensino público básico, a saúde, a segurança, os transportes coletivos, as estradas, o saneamento básico, a limpeza dos rios, o acesso à cultura. Só isso. O verdadeiro motivo de tamanha oposição é não saber conviver com reivindicações e isso é bem mais grave do que os baderneiros.

Pedro Cardoso da Costa – bacharel em direito (por e-mail)

O que o povo escreveu (2)

Copa e Olimpíada

Sou a favor dos protestos realizados nestes últimos dias, apesar de não ter participado destes, já estava na hora da população ir às ruas e demostrar todo o descontentamento com a política brasileira. Creio que a maioria das manifestações não se deve somente ao reajuste nas passagens de ônibus, e sim a uma série de fatores. A passagem foi o estopim de tudo isso. Veja o caso dos polít,icos que foram condenados pelo mensalão e quem nem sequer foram punidos, mesmo já tendo sido julgados. A PEC 37, que tira o poder do Ministério Público de julgar, passando a possibilidade daqueles que desviam e roubam o dinheiro público para eles mesmos se investigarem. Isso é um total absurdo, sem contar ainda as altas taxas de juros que pagamos, o governo da com uma mão e que tiram com a outra.

A presidenta anunciou uma queda nos preços dos alimentos da cesta básica, mas isso não se vê na realidade. A Copa do Mundo é um ótimo evento, desde quem não fosse financiado pelo dinheiro público. Em muitos lugares, estádios custaram milhões para se realizae três partidas e depois? E as obras que eram para custar tanto e agora duplicaram. Por isso, certamente, muitos políticos estão com os bolsos cheios de tanto desviar.

Olhamos para o transporte, caro e ineficiente, os posto de saúde e hospitais cheios e sem médicos e sem leitos, muitas escolas sem professores e com salários desanimadores. O Brasil quer passar uma imagem de um país do futuro, de crescimento, sediando Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, mas ele sabe que está indo para o caminho errado. Cuida-se primeiro do seu povo, da sua gente, com saúde, emprego, educação, infraestrutura… o que adianta sediar eventos de tal importância no qual vários políticos vão lucrar e depois a população perecer por causa do desperdício de receita.

População brasileira, agora, tenho orgulho de dizer eu sou brasileiro com muito orgulho e muito amor. Vamos mostrar a nossa força a esses políticos de meia-tigela. Vamos protestar e provocar uma grande mudança nesta nação!!

Ronaldo Cordeiro – 22 anos – técnico químico (por e-mail)


De mal a pior

Aqui em Piraquara, como em várias cidades do País, a coisa está precária. Não tem hospital que preste, os postos de saúde só atendem 10 pessoas e para ser um dos 10 você precisa madrugar na fila. Põe o nome na lista e vai pra casa, porque o único médico só atende após o almoço. Isso aqui na vila Fuck, cidade de Piraquara.

A corrupção tomou conta do País e de nossa cidade, por aqui você vê ruas abandonadas, não existe uma calçada para caminhar e você disputa lugar com os carros. Não existe um parque para os moradores terem momentos de lazer. Havia um projeto para construção de um parque aquático próximo ao terminal de Piraquara. O que houve com esse projeto sr. prefeito prof. Marquinhos?

Antes das eleições do ano passado, os moradores podiam ver tratores trabalhando no lugar onde seria o suposto parque. O sr. prefeito foi eleito e nunca mais foi visto um trator por lá.

E os ssenhores ministros ainda querem saber o porquê da revolta do povo? O povo está cansado de fazer papel de palhaço.

Willian Ferreira (por e-mail)


Demandas

As manifestações demoraram, mas chegaram…. Parabéns à garotada que, assim como eu na juventude, saiu às ruas para conquistar benefícios para o povo. Mas como é fato nos dias atuais, infiltrações de gente mau caráter deturparam o movimento lindo e pacífico que ocorreu em todo o Brasil. Como não existem lideranças claras, acho que o recado foi dado e o objetivo principal foi conquistado. Redução das passagens.

O Brasil cansou, o povo cansou de tanta corrupção e falta de vergonha na cara de nossos políticos. Deputados e senadores usam o cargo apenas para benefícios próprios e dos seus. Em países sérios, eles se matariam na frente da televisão. Aqui, pela impunidade e marasmo do povo, eles negam e sempre dizem que não sabiam de nada.

Tenho uma solução para todos os problemas do Brasil. O povo deveria ir às ruas exigindo a redução de 50% nos salários dos deputados federais e senadores. Exigindo a extinção de auxílios moradia, combustível, correios e passagens aéreas. O efeito seria cascata a todos os demais políticos do Bra,sil. Pois eles ganham percentuais conforme os de Brasília.

Com esta verba, que seria de aproximadamente 1 bilhão ao ano, poderíamos construir novos hospitais, melhorar os salários dos professores, policiais e médicos. Poderíamos subsidiar as passagens de ônibus. E o mais importante é que o político que quisesse se eleger, não seria pelo salário e mordomias, mas sim por objetivos pessoais de querer melhorar e mudar o Brasil.

Fica aqui um debate para que os líderes de todas classes estudantis e movimentos pacíficos do País analisem e unifiquem um único manifesto com um único objetivo.
Parabéns Brasil! Quando o povo acorda os políticos não dormem.

Renato Sozzi (por e-mail)


A paciência esgotou

Sou contra a violência, mas a paciência do povo se esgotou. Até quando vamos ver pessoas sendo mortas por algumas moedas? Até quando vamos ver os políticos legislarem em causa própria? Até quando a justiça das leis brasileiras vai mandar para a cadeia somente o pobre, que não pode se aproveitar da tal das brechas que a lei permite? Que país é este, que se diz ter democracia, mas o povo é obrigado a votar? Até quando vamos assistir passivos, os desmandos dos nossos políticos, que só pensam em aumentar salários, que querem aumentar o período de férias, que se servem do poder público para escapar das garras da lei?

Democracia é termos a liberdade para decidir se queremos votar ou não, é decidir se queremos andar armados ou não, pois hoje só o bandido tem arma e nós ficamos à mercê destes vagabundos. Democracia é podermos decidir através de plebiscitos sobre temas importantes, como leis que afetam nosso dia a dia, como pena de morte, como abrir cassinos no Brasil. Não tenho dúvida, que logo teremos leis para implementar cassinos, pois a máfia do jogo no Brasil é muito poderosa, e políticos vão se beneficiar e vão acabar liberando a abertura destes cassinos. Democracia é poder decidir se o Brasil precisa ter Senado e Câmara Federal. Porque temos duas casas de leis se nenhuma funciona de maneira adequada para atender os anseios da população. É só mais dinheiro público sendo desviado para o bolso dos políticos desonestos, que não são poucos. No Brasil deveria ter somente uma casa de leis, com menos políticos, com quantidade igual por todos os estados da federação, independentemente do tamanho do estado, do PIB do estado. Assim o gasto seria menor e este dinheiro poderia ser usado em coisas mais importantes para a população, como hospitais, creches, postos de saúde, etc.

Não temos estrutura médica para atender o povo, não temos creches suficientes para atender as crianças que precisam, não temos segurança para poder andar sossegados pelas ruas, mas dinheiro público para fazer estádios brotou não se sabe de onde. E ainda tem pessoas com a capacidade de achar que o legado que vai ficar para a cidade é maior. Isto é demagogia. Quando precisar de atendimento médico, vá ao estádio, quando precisar deixar a criança para poder ir trabalhar, deixe no estádio, quando precisar da polícia ao ser assaltado, vá ao estádio. O antigo prefeito de Curitiba pagou o pato por não saber distinguir o que a população realmente precisava. Porque gastar milhões com uma ponte estaiada, em um local que tem sinaleiro, que não sai de lugar nenhum e vai para lugar algum? A população cansou de assistir o noticiário e viu que se não fosse feito nada, a tendência seria só piorar. Então não adianta criticar o povo, paciência tem limite e a do povo se esgotou.

Mário Habkoste (por e-mail)

Rumo ao futuro

Vamos continuar, Curitiba. A luta é nossa. Se acham que vão calar nossa voz com redução de passagem pra R$ 2,70, estão enganados. Tem muito mais que isso. Está uma verdadeira palhaçada o nosso transporte público, os nossos postos de saúde, o atendimento pelo SUS é uma vergonha, o preço do combustível… é infla&cced,il;ão em cima de inflação. Vamos mover o mundo. A luta é do povo e é de todos e por todos. Rumo ao futuro melhor!!!

Miriam Godoy (por e-mail)


Atenção corruptos!

Eu já estou na casa dos 50 e participei das Diretas Já, do Movimento Fora Collor e sinto orgulho dessa juventude! Parecia adormecida e, de repente, está mudando o Brasil. Cuidado políticos e empresários corruptos! Ou vocês mudam ou terão que ir embora do Brasil… Estou com os manifestantes (fui à passeata de quinta-feira). Apoio totalmente (sem violência, é claro!).

Professor José Luiz de Carvalho (por e-mail)

Protesto civilizado

Eu concordo com a manifestação, quando se trata de melhorias nas escolas, nas unidades de saúde, hospitais, salários dos professores, e transporte público. Eu trabalho em um hospital conhecido em Curitiba e realmente vejo coisas que preferia nem ver, mas os médicos não têm culpa gente. Pode até ser que tenham um ou outro que está na profissão errada, mas eu vejo muito médico tentando salvar vidas e muitas vezes não conseguem, mas tentaram. Às vezes, não têm materiais específicos necessários, mas eles dão um jeito.

Mas o que eu não concordo é com esses vândalos agredirem os policiais. Gente, será que vocês não percebem que eles também são cidadãos, eles trabalham. Estão ali para fazer a segurança do patrimônio que eles foram contratados para cuidar. Atacar policiais não vai resolver os problemas de ninguém. Será que alguém já se perguntou se eles têm família? Eles são pessoas norma,is sem aquela vestimenta toda. Muitos têm esposa, filhos, pai, mãe, que também estudam e utilizam o transporte público. Vocês perguntaram se eles também não gostariam de se manifestar? Pode ser que sim, pode ser que não, mas eles não têm esse direito. Porque o povo considera a polícia como bandidos, ladrões.

Hoje eles tacam pedras, paus, tudo que encontram. Xingam vários nomes. Amanhã estarão pedindo apoio desses mesmos PMs porque foram agredidos, baleados, assaltados,  etc. Então, pessoas de bem, vamos raciocinar, se manifestar e não vandalizar. Agredir a polícia não!!!

Franciele Bibiano (por e-mail)


Coisa de bandido

Perdeu playboy! Tá tudo dominado. O Brasil está dominado por marginais e só ingênuos acreditam que estes protestos que estão parando o Brasil são por direitos sociais, passagem de ônibus ou defesa dos patos selvagens. O povo brasileiro é acéfalo, então, lógico que tem cabeças por trás destes protestos e é da alta criminalidade. Sim, a sociedade brasileira é desorganizada, mas o crime é organizado. O tráfico não está só dentro dos presídios. Está em altos gabinetes, altos escalões públicos por isso estas leis fracas e coniventes com o crime. Por isso as pessoas trabalhadoras são caçadas nas ruas pelos bandidos como bichos, mas nunca nenhum político é assaltado ou a família dele. Coincidência?

É interessante estimular o crime no Brasil! Toda esta violência dos bandidos no Brasil é planejada. Espalhar o terror! Não acham estranho que bandidos tenham vigiado e incendiado uma dentista enquanto jogadores de futebol multimilionários andam  tranquilamente pelas ruas do Rio e São Paulo. Políticos idem, sertanejos idem, pagodeiros idem. Será que os bandidos só querem pobres ou eles têm interesses maiores de espalhar o terror. E é interessante que tenham gente da mídia do lado deles.

Não teve um pagodeiro preso por tráfico? Não teve um sertanejo com armas roubadas o exército? Os políticos e suas famílias andam livremente nas ruas e nada acontece, não são nem assaltados? A maioria dos políticos que entra no poder faz um escritório de advocacia ou qualquer outro negócio e fica rico da noite para o dia. Este escritório de fachada funciona como tráfico de influências, além de outros tipos de tráficos, mas funciona principalmente como lavanderia de dinheiro! Sim, desvio de dinheiro público dá dinheiro, mas demora e o dinheiro da criminalidade é muito mais rápido. Sim, o poder se alimenta do crime organizado e o crime organizado do poder. Ou o Brasil acaba com o crime organizado ou o crime organizado acaba com o Brasil.

Estas manifestações são patéticas para mostrar para o exterior como estamos fragilizados e divididos como sociedade. Mais uma vergonha, além de uma ameaça a nossa soberania!

Romarinha (por e-mail)


3 pontos

Concordo plenamente com as manifestações, desde que sem violência. Os coordenadores das manifestações deveriam ater-se a deterinados pontos como: 1-Reforma tributária, já demorou demais. 2-Reforma política já, redução do número de vereadores, deputados e senadores urgente. Estes políticos ganham muito para o nada que produzem. 3-Mensalão, cadeia imediata para os condenados.

Carlos Moreira (por e-mail)


Perguntas sem resposta

Hoje no Brasil, infelizmente, para um cidadão ser bem sucedido ou ele vira um jogador de futebol ou um cantor sertanejo, esta é a mais pura realidade! O brasileiro vai às ruas não só para pedir diminuição no valor das passagens, nós vamos às ruas porque estamos exaustos de sermos esfaqueados por trás e passados a mão pela frente.

N&oac,ute;s queremos respostas!! O porquê de um investimento de mais de 200 milhões na construção de uma nova Arena da Baixada. Enquanto pessoas morrem na fila de espera no Hospital Evangélico e o Erasto Gaertner recebendo grandes demandas de pacientes de todo o Estado. Sempre foi dada a desculpa de não ter dinheiro, mas agora este dinheiro público brotou de onde? Por que para um estádio? Só para sediar apenas 4 jogos que nem do Brasil será? E porque não um novo hospital do câncer para diminuição da demanda que o Erasto vem sofrendo?

São perguntas que ficavam presas na garganta do povo brasileiro: Onde estava este dinheiro? Por que quando compramos um produto há mais de 40% de imposto? Por que salários tão altos de nossos governantes e deputados, sendo que muitos deles nem formação têm? Por que o Brasil é apenas o penúltimo no ranking da  educação?

São perguntas que vem a tona, mas que já existiam há anos e agora, com o aparecimento deste dinheiro público, essas perguntas ficam ainda sem resposta pelos nossos governantes.

Luã Joaber M de Oliveira (por e-mail)


Chave da mudança

Somos os netos da revolução e possíveis pais de uma nova era política e social no país. Na década de 80, deixaram em nossas mãos a chave para a mudança, fizeram o dever de casa. Agora, os que à época eram apenas crianças já derrubam reis, fazem comédia no cinema com as velhas leis.

É, meus caros, será que quando Renato (que era chato, mas coerente) cantava “o Brasil é o país do futuro” ele visualizava uma geração forte algumas décadas depois, realmente, ou falava sobre aquele futuro que nunca chega? Nós é que temos a chance de delinear isso.
Quando da queda de Collor, em 29 de setembro de 1992, eu era apenas uma criança, tinha pouco mais de três anos. Era vivo, mas não vivi esse lindo momento. Hoje, nossa geração tem a chance de evitar que, daqui a uns 20 anos, nossos filhos e sobrinhos precisem passar por sufocos e ter de recorrer às mobilizações para conquistar direitos básicos.

É utopia imaginar que conseguiremos, de uma vez por todas, implantar nessa pseudo democracia uma política feita de baixo para cima, eu sei disso. Mas acho que o pontapé inicial é agora. Para isso, sair às ruas protestando absolutamente tudo ao mesmo tempo, sem um foco, sem um direcionamento, não vai ajudar muito.

Ok, não são apenas 20 centavos, mas é o foco inicial. Conquistando esses avanços, o grupo precisa focar em algo novo, com um número restrito de reivindicações e força máxima. Reclamar da Copa agora não vai impedir que ela se realize (vide exemplos na Fórmula 1, com o GP do Bahrein). Que tal lutar contra absurdos que ainda podemos evitar?

Que tal impedir de vez a PEC 37? Que tal brigar contra a cura gay? Que tal votar direito em outubro do ano que vem? Isso para citar apenas alguns exemplos mais populares, “da moda”. Aliás, ressalto as palavras de um bom companheiro que está coberto de razão. “Quando essa onda de protestos e manifestações sair de moda, é que veremos quem de fato é politizado e nacionalista/patriota! Consciência política tem que se ter a vida toda, e não só quando vira moda!”.

Precisamos lutar por algo que realmente tem um foco. Em 92, por muito menos um presidente caiu, mas a luta era direcionada, focada e bem feita. Apesar do comodismo que tomou conta dos brasileiros durante os últimos 20 e poucos anos, há exemplos bons que precisamos resgatar. Não vamos nos deixar levar pela cabeça e mensagens dos outros – nem mesmo por essa aqui, talvez -, pois como dizia Renato Russo (para encerrar com o cara que comecei citando), “quem pensa por si só é livre, e ser livre é coisa muito séria”.

Wyllian Soppa (por e-mail)

O que queremos

Não é só a redução da tarifa que o Brasil precisa. É muito mais. As manifestações devem continuar. Queremos melhor educação,, melhor saúde publica… não queremos bolsas disso e daquilo. Queremos melhores condições. Cadê o respeito ao cidadão brasileiro… É isso, queremos um país limpo e honesto.

Jocelma Camargo (por e-mail)

Em frente!

Sou muito a favor de manter as manifestações. Chega dessa palhaçada. Na hora de pedir votos, os nossos politicos vêm oferecer cesta básica e beijar nossos filhos. Aí eles prometem mundos e fundos e depois… tá lá, rindo da cara do eleitor que todo dia de manhã pega o ônibus lotado. Vamos em frente!!!

Miriam Godoy (por e-mail)

Perguntas

Queria apenas perguntar para estes políticos e outros intelectuais se quando o filho deles ficar doente se vão levar na fila do SUS? Queria perguntar também para o sr. Mario Celso Cunha, o qual diz que é representante da Copa aqui em Curitiba, porque ele não vai trabalhar de ônibus e porque não leva o filho no posto de saúde para ver como é.

Fabiano Luiz Pessini (por e-mail)

Vamos em frente Brasil!

Tenho 40 anos, sou formado em administração de empresas, com duas pós-graduações, pai de dois filhos, enfim, um cidadão comum, como todos. Apoio os protestos, sou favorável de que o povo precisa se manifestar e mostrar sua indignação com a situação do país. Porém, acho relevante levantar algumas questões:

1º – Sou totalmente contra a violência das manifestações, não será saqueando o comércio, depredando o patrimônio público e/ou privado que as coisas se resolverão. Porque o movimento organizador do protesto não realiza uma coleta de assinaturas pelo país todo (abaixo assinado) com algumas propostas para enviar ao poder público.

2º – Porque só agora resolveram realizar as manifestações? É injusto e incorreto que associemos a situação deste país com as realizações das Copas da Confederação e do Mundo, visto que os problemas sociais, a corrupção, falta de qualidade na prestação dos serviços públicos e os outros problemas existentes são problemas antigos, alguns, históricos. Porque essa indignação com a realização das copas não foi mostrada quando saiu o resultado da FIFA 7 ou 8 anos atrás.

3º Quero lembrar que muitos que estão nas ruas reclamando, são os mesmos que quando ouviram o resultado da FIFA comemoraram, e também é importante salientar que se existia o real desejo da não realização desta Copa, porque os partidos e políticos que apoiaram a vinda da copa para o Brasil, bem como os que utilizaram o dinheiro público para obras em estádios privados foram reeleitos?

Infelizmente este tipo de situação cria contradições, pois uma hora o povo comemora e reelege os políticos que agora estão sendo desprezados, xingados e malditos por esta mesma população.

Devemos aproveitar o momento e realizar mudanças profundas, mas primeiro devemos realizar mudanças pessoais internas, parar com a mania de querer levar vantagem em tudo, de ser mais esperto e malandro que os outros e criar consciência social e política, precisamos aprender a votar, e acredito que o passo mais importante para essa transformação é entender como funciona a política neste país. A maioria do povo brasileiro não lembra em quem votou nas últimas eleições, se lembra, não sabe explicar ou não possui uma explicação razoável para dizer porque escolheu determinado candidato e também não lembra o que ele realizou ou propôs em seu último mandato.

Enfim, a mudança neste país precisa ser geral, de todos nós, o cidadão precisa aprender mais sobre política para saber votar melhor e aprender a cobrar seu candidato de forma mais eficiente.

As Copas não são culpadas da situação deste país, bem como a redução das passagens de ônibus não pode ser o ,fim dos protestos, agora que começou, vamos até o fim, mas de forma pacífica, sem intervenção partidária.

É assim que vejo toda esta situação, não sou o dono da verdade, mas acho que se não estou totalmente certo, também não estou totalmente errado.

Junior (por e-mail)

A nova geração

Estou prestes a completar 30 anos e sempre tive em mente que, quando minha geração chegar ao poder, o fará com muito mais competência do que todas as gerações anteriores. Isso pelo simples fato de sermos mais preparados e termos sido concebidos já em uma democracia consolidada.

Ao ver o povo nas ruas fazendo protestos, percebendo que a maioria é formada por jovens abaixo dos 25 anos, geração essa que sempre me preocupou por considerar que não tinham interesse por causas relevantes, senti-me envergonhado de minha geração. Passaram-se 20 anos desde os “caras pintada” e nunca mais havíamos tido nenhum movimento popular significativo. Minha geração passou despercebida por isso. O grande questionamento seria. “E agora é tarde?” Obviamente que não é. Nunca será tarde.

Os protestos, salvo atos isolados de vandalismo de oportunistas, são a segunda forma mais legítima do exercício da democracia. Há poucas semanas, ouvi no rádio uma entrevista com um estrangeiro que reside no Brasil e ele declarou que adora o povo brasileiro, mas ao mesmo tempo fica indignado com nossa incapacidade de indignar-se, de exigir nossos direitos. Nossa carga altíssima de impostos sem contra partida minimamente aceitável, a corrupção incutida de forma inexorável em nossos governos, a falta de investimentos em educação e saúde são motivos suficientes para que qualquer outro povo tivesse paralisado seu país há muito tempo.

Mesmo assim, precisamos ter em mente que os protestos são um meio de pressionar, mas jamais serão decisivos na implementação de mudanças, pois a primeira forma mais legítima de exercer a democracia é através do voto. Enquanto não tivermos um discernimento melhor na hora de escolher nossos líderes, continuaremos padecendo de todos esses males. Esse é um processo lento, mas o único que pode ser efetivo.

José Marcos de Souza (por e-mail)

Pegando carona

Abro o jornal ou ligo o televisor e vejo políticos tomando vantagem de pessoas que lutam por um Brasil melhor. Estes políticos declaram “sou a favor do protesto”. Então, se é a favor do protesto, pelo menos resolva a reivindicação. A força do brasileiro só será respeitada diante de um novo impeachment.

Bruno Cordeiro Santos – cirurgião dentista (por e-mail)

Só o começo

Sou professora da rede pública de São Paulo. Participei das campanhas pelas “Diretas Já” em 1983. Não participei, ainda, do “Movimento Passe Livre”, mas pretendo participar nos próximos. Acho que finalmente o Brasil e a juventude acordaram. Acho que temos muito por que protestar e exigir dos governantes. Acho que o preço da passagem foi a gota d”água, mas temos que aproveitar para cobrar saúde, educação e segurança de qualidade, acabar com impostos abusivos e taxas bancárias absurdas. Enfim, espero que seja só o começo…

Jaksone Santana (por e-mail)

Manifestações

Sou totalmente a favor das manifestações que estão ocorrendo em todo o Brasil. O povo brasileiro é pacífico por natureza. Mas não é bobo. A corrupção e o descaso dos políticos vai fazer com que a paciência deste povo acabe. Isso se já não acabou.

Márcio Sabino – 48 anos – funcionário público (por e-mail)

Olimpíada

Todos aqueles que se manifestam contra as despesas da Copa das Confederações, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos de 2016 dormiram no ponto: deveriam ter se manif,estado antes que a primeira estaca fosse fincada, isto é, quatro anos atrás. Agora choram o leite (dinheiro) derramado! Mas ainda há tempo de pedir a transferência da Copa do Mundo para outro país. A FIFA, aliás, está preparada e já tem um país candidato. A mesma coisa vai acontecer com os Jogos Olímpicos em 2016. Derrubem já o nefasto Carlos Nuzman! Ainda há tempo de recusar esta Olimpíada.

Johan Scheffer (por e-mail)

Onde se manifestar

As manifestações deveriam ser feitas em frente aos estádios e impedir que continuem jogando o dinheiro público fora e parar com o vandalismo nos órgãos públicos, pois cada vidro quebrado e cada parede pichada é menos dinheiro para a saúde, educação e segurança.

Adilson Carneiro (via Facebook da Tribuna)

Qual é o rumo?

Tenho 39 anos, sou pai de família, estudante, paranaense, brasileiro…

Infelizmente, muitos foram às ruas sem saber o que estavam fazendo !!!! Talvez, motivados pela grande mídia social na velocidade da internet. Estamos vivendo um tempo em que os jovens (15 a 30 anos) buscam aparecer, fazer tudo o que não pode, fazer de tudo para estar na chamada “mídia social”, “internet”, etc.

Não acredito que tudo isso (pessoas nas ruas, manifestações) possam mudar muita coisa. Pelo contrário, se persistirem as manifestações e tomarem rumo político, aí sim poderá haver maiores repercussões, quer pela ala da direita quer pela ala esquerda.

Confesso que sou contra várias ações que os governos Federal, Estadual, Municipal vêm adotando, mas não é dessa forma que vamos mudar tudo isso. Esse movimento precisa ser realizado em véspera de eleições. Talvez a resposta tenha que aparecer nas urnas, pois, vivemos em um país democrático e somos livres para escolher nossos governantes, mas em tempos eleitorais parece que esquecemos tudo isso e sempre colocamos as mesmas pessoas no poder, ou no máximo renovamos muito pouco!

Falando em democracia, nos últimos dias apareceram na TV e nos jornais várias pessoas com a nossa Constituição Federal de 1988 nas mãos, será que elas sabem exatamente o que prescreve o art. 5º da Carta Magna Federal, ou apenas acenam como se fosse o “gibi do tio patinhas”? Nunca se quer abriram a CF/88 ou nem mesmo tiveram a curiosidade de ler a nossa referência política, social, educacional, tributária, administrativa, entre outras. Ademais, será que todos são “estudantes” ou existem pessoas com interesses ocultos atrás dessa massa?

Como disse acima, entendo que precisamos mudar nosso município, nosso estado e o nosso querido Brasil, porém, para que isso aconteça, precisamos saber exatamente o que buscamos. Isso só será possível quando nossa população tiver educação, cultura, saúde, segurança, etc.

Lembro que optamos por uma “democracia direta participativa”, o que precisamos é realmente exercer nossos direitos em tempo oportuno.

Gilmário Ferraz da Silveira (por e-mail)

Desabafo

O que tem acontecido no Brasil é um grito que há alguns anos está preso no coração do brasileiro. Daqueles pais que perderam o filho para a criminalidade. É o grito de cada injustiça, de se ver senhores de idade catando papel na rua, para tentar não passar fome. É o grito de ser obrigado a pagar impostos, mas quando vai exigir seus direitos ninguém faz nada. O povo pode ser enganado por 1 tempo, 2 tempos, mas o 3º tempo não passa não. Não sou contrário à Copa, mas a imagem que o exterior tem nós continua a mesma, que aqui é uma favela gigantesca. O brasileiro sá está pedindo um pouco de dignidade.

Ricardo Rocha (por e-mail)

Confirmado

Não participei AINDA. Mas irei na sexta-feira, para que o governo pare com os gastos com dinheiro público em obras desnecessárias como a Copa do Mundo, ponte estaiada, tanta corrupção.

Marco Aurélio (via Facebook da ,Tribuna)

Perdemos o caminho?

Eu nasci numa época onde o militarismo atuava. Num tempo, onde antes da novela, existia uma faixa da Censura. A polícia que andava nas ruas do meu bairro era a polícia “de cavalo”, como eu dizia enquanto criança, e armada com espadas. Nasci no Hospital de Clínicas de Curitiba, com toda assistência e recurso de um grande hospital.

Eu morava no Capanema, perto do estádio do antigo Colorado, numa casa de rua, sem muros altos, sem arame farpado, sem cerca elétrica, sem cacos de vidros nos muros, sem alarme, sem portão eletrônico, sem grades nas janelas, e em dias de calor, a porta e as janelas podiam ficar abertas, sem qualquer problema. Também passei pela época da falta de carne, onde tínhamos que ir de madrugada ao açougue, e na fila do leite. Então veio a busca pela liberdade, pela democracia, pelo direito do povo em opinar e decidir. E assim foi feito.

Entretanto, hoje me pergunto até que ponto soubemos conduzir toda essa abertura das fronteiras que todos desejavam.  Nos foi dado um poder, o maior de todos, o de decidir e nomear aqueles que nos representariam e decidiriam por nós, o nosso futuro, o do nossos filhos, netos, bisnetos.  E hoje, milhares vivem com as “bolsas alguma coisa”, e se calam, por medo de perder essa esmola que o governo dá. Essa esmola tem um preço: o silêncio de cada um. Concordo que muitas conquistas aconteceram, muito progresso, muita evolução, mas com isso tudo veio o interesse próprio de alguns, o enriquecimento ilícito de muitos, a desigualdade de uma forma absurda, e todos aqueles que lutavam por uma liberdade justa e digna, acabaram aprisionados na falta de opção de gestão desse país.

Então o governo publica que milhares saíram da linha da pobreza. Ora, o que é pobreza afinal? Como é medida a pobreza? O que caracteriza estar ou não na tal linha da pobreza? Será que a falta de alimentos, moradia, vestuário são os únicos dados a serem medidos? E a pobreza não palpável, aquela que a pessoa sente quando é humilhada em uma fila de hospital, quando têm seus filhos aprovados nas escolas sem ao menos saberem ler ou escrever, a pobreza de chegar em casa, e ver que o pouco que  tem, lhe foi roubado, de ter descontado do seu salário valores a título de previdência, imposto de renda, e não ter a contrapartida em segurança, saúde e educação. Eu já nem me recordo de quantos e quantos escândalos políticos já aconteceram nesse país, gente que rouba, que desvia, que é destituído do cargo, e depois de um tempo volta como se nada tivesse acontecido.

Apoio todo e qualquer manifesto digno e justo da população. Não apoio o vandalismo e a bandidagem infiltrados entre as pessoas de bem. E como muitos dizem: não é somente pelos R$ 0,20, é muito além disso. É um resgate da dignidade e do poder que no passado lutamos para conquistar e que nos foi tirado. Não somos detentores reais do valor do voto, porque se fôssemos, o voto não seria obrigatório, e independentemente em quem você vote ou não, anule ou deixe em branco, haverá sempre alguém que se elegerá, e de todos que foram, estão e serão, essas pessoas não representam a mim e nem a minha família.

Yury Patricia Mendes, formada em Economia pela FESP, 44 anos, casada (por e-mail)

Hora da mudança

Participei do protesto de segunda-feira e sou totalmente a favor de liberdade de expressão. Não estamos fazendo mais que o nosso direito. Fico triste por algumas pessoas levarem isso para a agressão, destruição de patrimônios públicos, entre outros. Acho que o povo não deve temer seu governo e sim o governo temer seu povo.

Estamos lutando por um Brasil melhor, sem corrupção, com mais educação e saúde, que infelizmente está precaria. Claro que comparando nossos protestos com protestos de outras cidades, me orgulho de ser curitibana, apesar de “meia dúzia” que insistiu em estragar, sujar nossa cidade, fizemos um protesto bonito, focando no que realmente queremos que mude.

Atenção governo, tá na hora de mudança, cansamos de ficar calados, de olhar e n&at,ilde;o poder fazer nada! Acorda Brasil.

Sthefany Layana Naidek (por e-mail)

Recado para os políticos

É isso ai eu apoio e participo… precisamos por os ministros que foram condenados na cadeia e foram convidados a participar do ministério da Dilma… precisamos acabar com os altos salários dos nossos representantes… deputados e senadores… chega de corrupção.. chega de ladroagem… Vamos rumo a um Brasil melhor.


Eliana Rocha (via Facebook da Tribuna)

O que o povo escreveu

Perdeu playboy! Tá tudo dominado. O Brasil está dominado por marginais e só ingênuos acreditam que estes protestos que estão parando o Brasil são por direitos sociais, passagem de ônibus ou defesa dos patos selvagens. O povo brasileiro é acéfalo, então, lógico que tem cabeças por trás destes protestos e é da alta criminalidade. Sim, a sociedade brasileira é desorganizada, mas o crime é organizado. O tráfico não está só dentro dos presídios. Está em altos gabinetes, altos escalões públicos por isso estas leis fracas e coniventes com o crime. Por isso as pessoas trabalhadoras são caçadas nas ruas pelos bandidos como bichos, mas nunca nenhum político é assaltado ou a família dele. Coincidência?

É interessante estimular o crime no Brasil! Toda esta violência dos bandidos no Brasil é planejada. Espalhar o terror! Não acham estranho que bandidos tenham vigiado e incendiado uma dentista enquanto jogadores de futebol multimilionários andamtranquilamente pelas ruas do Rio e São Paulo. Políticos idem, sertanejos idem, pagodeiros idem. Será que os bandidos só querem pobres ou eles têm interesses maiores de espalhar o terror. E é interessante que tenham gente da mídia do lado deles.

Não teve um pagodeiro preso por tráfico? Não teve um sertanejo com armas roubadas o exército? Os políticos e suas famílias andam livremente nas ruas e nada acontece, não são nem assaltados? A maioria dos políticos que entra no poder faz um escritório de advocacia ou qualquer outro negócio e fica rico da noite para o dia. Este escritório de fachada funciona como tráfico de influências, além de outros tipos de tráficos, mas funciona principalmente como lavanderia de dinheiro! Sim, desvio de dinheiro público dá dinheiro, mas demora e o dinheiro da criminalidade é muito mais rápido. Sim, o poder se alimenta do crime organizado e o crime organizado do poder. Ou o Brasil acaba com o crime organizado ou o crime organizado acaba com o Brasil.

Estas manifestações são patéticas para mostrar para o exterior como estamos fragilizados e divididos como sociedade. Mais uma vergonha, além de uma ameaça a nossa soberania!

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