Chocante

Mulher é encontrada morta em Curitiba. Cachorro da vítima não a abandonou por nada

Foto: Felipe Rosa.

Mesmo com toda a movimentação de policiais e de peritos, o cachorro vira-latas da catadora de materiais recicláveis Ângela Regiane Guimarães, 40 anos, encontrada morta a facadas dentro de seu carrinho, no bairro Portão, não a abandonou, até a retirada do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML). A polícia investiga a hipótese de que o crime, que ocorreu nesta quarta-feira (24), tenha sido cometido pela pessoa com quem a mulher teria discutido dias antes.

Tania Emanuelson, moradora da Rua Manoel Gustavo Schier, contou que sentiu falta da catadora na manhã desta quarta. Segundo ela, todos os dias ela dava água e comida para os dois cachorros da trabalhadora.

Quando foi olhar no carrinho, Tania se assustou. A catadora estava morta e tinha sangue na boca. Um dos cachorros de Ângela estava em cima do corpo. Tania disse que a mulher morava nas ruas da região há algum tempo. “Era uma pessoa que não incomodava ninguém”, comentou.

De acordo com o delegado Erik Wermelinger, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ângela sofreu quatro perfurações de arma branca na região da barriga e do peito. “No papelão que envolve a grade do carro tinha uma faca, dessas de cozinha enterrada”, afirmou. A faca foi apreendida pelo Instituto de Criminalística, que deve apontar se o objeto foi a arma usado no crime.

O delegado disse que a desavença que Ângela teve há alguns dias é uma das linhas de investigação do assassinato. “Mas estamos verificando outras hipóteses”.

Ainda conforme o delegado, moradores reclamam que, no local onde o corpo da catadora foi encontrado, é frequente o tráfico de drogas. “Uns disseram que ela era usuária, mas não é uma certeza acerca desse fato”, destacou Erik.