Esquemão

Quadrilha furta R$ 2,4 milhões de fábrica de plásticos da Grande Curitiba

A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) cumpriu nessa terça-feira (3) cerca de 20 mandados judiciais. Desses, setes são de prisão temporária, três de condução coercitiva e sete de busca e apreensão. De acordo com a polícia, em apenas uma empresa que atua no Paraná e Santa Catarina, os furtos somem R$2,4 milhões.

Esses mandados foram cumpridos nos bairros Cidade Industrial (CIC), Umbará e Tatuquara. Além disso, a ação se estendeu aos municípios de São José dos Pinhais, Piraquara e Fazenda Rio Grande (RMC) e também Urussanga, Santa Catarina.

O objetivo da ação era dar continuidade nos trabalhos de investigação de um esquema de furtos de insumos para produção de materiais plásticos. A hipótese de que poderia haver furtos nas empresas foi levantada por funcionários que notam uma diferença entre o volume de insumo adquirido e o volume produzido conforme as notas fiscais. Esses furtos causaram um prejuízo milionário.

Segundo o delegado-adjunto da DFR, Emmanoel David, parte da quadrilha era formada por funcionários de uma empresa de materiais plásticos da cidade de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). “Alguns funcionários se aproveitaram de cargos de confiança para retirar mais de mil quilos de material de polietileno da fábrica da empresa”, explica o delegado, completando que, geralmente, o furto era realizado durante o turno da madrugada para não levantar suspeitas da diretoria.

Somente entre os meses de setembro e outubro de 2016, foi constatada uma diferença de 25 toneladas, o que corresponde a uma carreta fechada do material. “As divergências por mês eram de quinze a vinte toneladas, o que gerava um prejuízo de R$200 mil por mês”, avalia o delegado.

Após colher o depoimento de diversas testemunhas, a DFR passou a mapear os integrantes da quadrilha e monitorar a forma com que os criminosos agiam. Até agora, foram seis meses de investigações, em que foram constatados crimes de furto mediante fraude, falsificação de documentos públicos e particulares, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O delegado-titular da DFR, Matheus Laiola, ressalta que os trabalhos de investigação devem continuar, pois há suspeita de que a quadrilha tenha furtado materiais de outras empresas, inclusive de outros estados. Uma coletiva de imprensa foi marcada às 16h na Delegacia de Furtos e Roubos para passar o balanço geral da ação.