Barbárie!

Casal suspeito de matar filho é identificado pela polícia; pai era foragido da Justiça

Foto: Átila Alberti.

Suspeitos de matar o filho, de seis meses, Rafael Kuiava e a esposa foram identificados e detidos pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26), por volta de 13h em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Os pais, que tem 26 anos, foram encaminhados à delegacia e demonstraram frieza.

A mãe, que dizia que o filho estava desaparecido quando questionada sobre o garoto, alegou que o menino morreu no banho, logo depois de se afogar com a água da banheira. O pai era foragido da Colônia Penal Agroindustrial (CPAI), em Piraquara, foi preso e confessou em entrevista que teria enterrado o corpo do único filho.

“Eu enterrei o corpo. Não acionei os médicos porque sou foragido, ele amanheceu morto logo depois de se engasgar pela noite. Ele engasgou, ficou ‘molinho’ depois disso e colocamos ele para dormir, foi quando ele amanheceu morto. Ele era muito parecido comigo, não queria que meu filho morresse”, relatou.

O corpo estava escondido em uma pedreira desativada – de difícil acesso – próximo à antiga residência do casal. Eles se mudaram de Itaperuçu para Almirante Tamandaré, logo depois de ocultarem o corpo do bebê, de acordo com a delegada-titular do Sicride, Iara Dechiche. Essa seria uma tentativa de não haver mais questionamentos sobre a criança.

“A criança morreu à noite e só no outro dia eles enterraram o corpo. Eles se mudaram há aproximadamente 20 dias para Almirante Tamandaré. A mãe diz que o menino teria se afogado, mas ela se perdeu no depoimento várias vezes. Assim como o pai, ela disse que o menino ficou ’molhinho’ depois de se engasgar e que, mesmo assim, colocou ele para dormir. Ela diz que ele amanheceu morto e que o pai enterrou o corpo”, descreveu.

A informação do desaparecimento do menino chegou até a especializada através de um pedido do Ministério Público. As denúncias foram feitas por familiares e vizinhos. A equipe policial abordou os pais no início da tarde. A mãe estava no trabalho e o pai em casa.

Desaparecimento

Os vizinhos relataram à Tribuna que a criança chorava muito e que simplesmente “desapareceu”. Outros ainda reforçaram em depoimento a polícia que o bebê sempre tinha marcas pelo corpo. “A mãe disse que o menino tinha machucados pelo corpo porque ele sempre se batia no banho e que mordia o filho porque ele era ‘muito gostosinho’”, disse a delegada.

Uma sobrinha do casal chegou a publicar no Facebook que a criança tinha sido sequestrada e que a família estava à procura, mas a mãe não procurou a polícia imediatamente e não concluiu um boletim de ocorrência.

A polícia informou que a mãe chegou a ir até a delegacia de Almirante Tamandaré, onde estava morando, mas passou mal e deixou o lugar antes de concluir o BO. Ela chegou a contar que foi abordada por quatro homens quando estava com o garoto na rua e que ele tinha sido levado.

A causa da morte deve ser investigada pela equipe do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico-Legal de Curitiba (IML). Além disso, a partir de agora, o caso será investigado pela Delegacia de Rio Branco do Sul, que investiga crimes ocorridos na cidade de Itaperuçu. O casal vai responder por homicídio e ocultação de cadáver.