Flagrados!

PM prende no litoral três suspeitos da morte da soldado Bárbara

Três suspeitos de participarem do homicídio contra a soldado da Polícia Militar Bárbara Aline Gonçalves da Costa, 24 anos, na véspera de Natal, foram presos na tarde desta sexta-feira no litoral do Paraná, pela Polícia Militar. Andressa Cristina da Silva, 20 anos, e Renato Iagnecz Pereira, 23, tiveram mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça. Já Felipe Ribeiro Leite, 25, conhecido como “Pepa”, foi preso por um mandado de prisão preventiva, por conta dos fortes indícios de que tenha sido o autor do disparo que matou a policial. Segundo a PM, o trio provavelmente cometeu o crime por vingança.

De acordo com o coronel Maurício Tortato, comandante da Polícia Militar do Paraná, desde o dia 24 a PM mantinha seu serviço de inteligência trabalhando no caso. As equipes tiveram acesso não só às imagens das câmeras do estabelecimento, onde ocorreu o homicídio, mas também de toda a vizinhança, que possibilitaram mapear a ação dos marginais. Eles permaneceram por uma hora em frente à loja onde Bárbara foi assassinada e chegaram a entrar e comprar fogos de artifício no local. Foram embora e, uma hora depois, voltaram para executar o crime.

De acordo com o comandante da PM, Andressa e Renato ficaram dentro do carro, parado perto da loja, enquanto Felipe desceu e foi cometer o assassinato. Os três presos, diz o coronel, possuem antecedentes criminais.

Retorno

Com provas consistentes do envolvimento do trio, a Justiça emitiu os mandados de prisão. Segundo o coronel, os suspeitos vinham se movimentando entre Pinhais e o litoral, desde o dia do crime. Mas estavam sendo rastreados e foram pegos na tarde desta sexta-feira, entre 15h30 e 16h, numa residência na localidade de Cabaraquara, em Guaratuba.

Como formalidade legal, os presos foram levados primeiros à delegacia de Guaratuba, para serem apresentados, e depois foram encaminhados à delegacia de Pinhais, responsável pelas investigações, onde chegaram no fim da tarde.

Velório e sepultamento ocorreu em clima de muito forte comoção.

Vingança

Na semana anterior, no dia 17 de dezembro, a soldado passou por uma tentativa de assalto e reagiu, atirando nos marginais que tentaram levar seu carro. Houve confronto. Um dos suspeitos foi baleado, levado ao hospital e preso depois que recebeu alta. Os outros envolvidos conseguiram fugir, mas sem levar o carro da policial.

De acordo com Tortato, como Bárbara era conhecida por ser policial militar e também atuava na região, não teria sido difícil aos marginais descobrirem quem era ela, os locais que frequentava e, assim, planejarem a vingança pelo crime frustrado e com um ferido.

O comandante diz que, dos três presos, é certa a participação de Felipe no dia do confronto e quase certo o envolvimento de Renato. “É um crime que afeta não somente a família da Bárbara, mas a de todos os policiais militares, pela forma covarde como ela foi assassinada”, diz o coronel. A soldado estava sentada na frente da loja de um familiar, quando os marginais entraram e pediram que ela entregasse a arma. Mesmo sem reagir e obedecendo, a policial foi executada na cabeça.

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