A morte de um morador de rua vai ser apurada pela Polícia Civil. Adilson José Juk, 41 anos, foi encontrado morto pelos amigos na madrugada desta quarta-feira (19), na Praça Tiradentes, no Centro de Curitiba. No começo, cogitou-se a possibilidade de que ele possa ter morrido de frio, já que o registro de temperatura foi de -1,3°C na madrugada, mas isso ainda não ficou comprovado.
No Facebook, o prefeito Rafael Greca (PMN) comentou a morte afirmando, em princípio, ter sido causada por frio. Porém, instantes depois, a postagem foi editada e a causa da morte foi atribuída a um ‘quadro de convulsões’.
Questionada sobre a edição na publicação, a prefeitura de Curitiba informou que “apenas o laudo do IML vai confirmar ou não” a causa da morte. O Instituto Médico-Legal (IML) ainda não divulgou o lado.
Adilson, conforme a prefeitura, era acompanhado pela Fundação de Ação Social (FAS) desde 2003. Ele já tinha passado por tratamento para dependência química e recebia os devidos atendimentos pelo Consultório na Rua, mas sempre descartava ser acolhido.
Alguns colegas do homem teriam dito aos profissionais da FAS que, nos últimos dias, ele sofreu duas convulsões. Por conta disso, a prefeitura disse que vai aguardar o laudo para verificar a causa da morte.
Investigações
O delegado Fábio Amaro, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) explicou que tudo indica que a morte tenha acontecido por causas naturais, ou seja, que podem estar ou não ligadas ao frio. Segundo o delegado, o boletim de ocorrência (BO) da morte foi encaminhado à Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP), vinculada à DHPP, mas que fica responsável por apurar mortes não violentas.
O inquérito de praxe foi aberto e o BO vai ser acrescentado ao laudo do local, feito pela perícia do Instituto de Criminalística. O laudo da necropsia, feito pelo IML, é o documento peça-chave para dizer o que de fato aconteceu. Se ficar comprovado que foi morte natural, o caso é arquivado.