O médico Raphael Suss Marques, acusado de matar a fisiculturista Renata Muggiati, teve mais um pedido de liberdade negado pela Justiça nesta quarta-feira (31). O médico está preso desde janeiro de 2017 e a defesa entrou com o pedido com base na condenação do médico por crimes de lesão corporal e ameaça contra uma ex-namorada, em dezembro do ano passado.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu a manutenção da prisão preventiva alegando, entre outras coisas, que Raphael descumpriu uma série de obrigações e condutas impostas para sua liberdade, desde a morte de Renata Muggiati. Segundo o MP-PR, o médico sabia das medidas cautelares e as desrespeitou.
No despacho negando o pedido de liberdade, a juíza substituta, Taís de Paula Scheer, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, disse que não há o que dizer sobre a possibilidade de Raphael ser solto. “A saber, a gravidade dos fatos delituosos praticados pelo réu contra sua própria companheira, a periculosidade do agente, eis que em data posterior praticou delito de lesão corporal em sede de violência doméstica contra vítima diversa. Por fim, estando presentes os requisitos da custódia preventiva não há que se falar em substituição desta por medidas cautelares diversas da prisão”, explicou a juíza.
O pedido feito pela defesa foi o de que Raphael passasse a usar, fora da prisão, uma tornozeleira eletrônica. Segundo a juíza, essa medida ainda não pode ser aceita. “Se mostra inadequada e insuficiente a substituição da prisão preventiva pela monitoração eletrônica, prevista no art. 319, IX, do Código de Processo Penal, porquanto esta não se apresenta compatível no caso para garantir a ordem”.
O médico continua preso enquanto aguarda o julgamento pela morte de Renata Muggiati. A data para o júri ainda não foi definida.
Relembre os casos
A fisiculturista e atleta Renata Muggiati foi morta em 12 de setembro de 2015, durante uma discussão com Raphael Suss Marques. O homem teria agredido a mulher e depois a jogado da janela do 31º andar de seu apartamento, no Cento de Curitiba. Além deste crime, em dezembro de 2016 o médico foi preso novamente por ter agredido uma ex-namorada com quem Raphael tem um filho, o que levou a condenação por lesão corporal e ameaça.