Homicídio

Ellen Homiak conta o verdadeiro motivo por ter matado o policial Federizzi

Ellen participou da reconstituição do crime e contou como agiu. Foto: Polícia Civil.

As alianças que Ellen Homiak da Silva, suspeita de matar o próprio marido – o soldado da Polícia Militar Rodrigo Federizzi -, afirmava terem sido levadas durante assalto que ocorreu poucos dias antes da morte do policial, foram encontradas dentro de uma identidade que estava no manual de um Siena, durante reconstituição do crime feita nesta quinta-feira (25) pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Ellen alegava que as alianças tinham sido levadas por ladrões junto com cartões, em um sequestro-relâmpago que ocorreu dias antes do desaparecimento de Rodrigo, no dia 28 de julho. Quando os objetos foram encontrados, ela confessou ter forjado o sequestro. Segundo o delegado Fábio Amaro, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a mulher disse que estava sendo pressionada por Rodrigo por causa de um dinheiro que tinha gastado, com o qual o casal pretendia comprar um imóvel.

Ellen disse que simulou o sequestro para ludibriar Rodrigo, conforme o delegado, enquanto ganhava tempo e pedia empréstimos para recompor a quantia. Como ela não conseguiu, o casal teve uma discussão no dia anterior ao crime, mas ainda assim dormiram juntos. Quando acordaram, Ellen relatou que brigou novamente com Rodrigo, e então atirou contra ele. Além do homicídio, a suspeita vai responder também por falsa comunicação de crime. O delegado quer saber também o que Ellen fez com o dinheiro – cerca de R$ 50 mil – que afirma ter gastado “com a família e roupas”.

Reconstituição

A reconstituição teve início às 10h no condomínio em que o casal morava com o filho de nove anos, no bairro Tatuquara. Todo o percurso que Ellen diz ter feito foi acompanhado pela Polícia Civil e peritos do Instituto de Criminalística. Conforme explicou o delegado Fabio Amaro, a intenção era reproduzir toda a versão apresentada por Ellen.

Entre os pontos verificados durante a reconstituição estava a possibilidade de que Ellen tivesse um comparsa – tanto durante a morte, quanto na desova do corpo, que foi descartada pela polícia. Segundo o delegado, a versão que a esposa do policial tinha apresentado – que atirou na nuca de Rodrigo, cortou as pernas dele, enterrou o dorso em um matagal em Araucária e as pernas em uma área próxima, sempre sozinha – se demonstrou inconteste.

Mala

Durante o interrogatório, Ellen afirmou que teria queimado a mala onde guardou o corpo de Rodrigo. O objeto foi encontrado pela DHPP em um lava car, na quinta-feira (18) passada. Durante a reconstituição, Ellen confessou que conhecia as pessoas que trabalhavam no estabelecimento e afirmou que não contou que tinha levado a mala para limpeza para não prejudicar as pessoas que trabalhavam no local.

De acordo com a esposa do soldado, o proprietário do lava car perguntou sobre as marcas de sangue, que ela afirmou serem provenientes de uma “caçada”. Por isso, o objeto foi higienizado no estabelecimento. Mas, segundo Fábio Amaro, com a repercussão do caso, os próprios funcionários do comércio ficaram com medo e fizeram a denúncia à DHPP.

 

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