Levou dois tiros

Assalto não motivou morte de cobrador; polícia tem outras hipóteses

Tiros atingiram a cabeça do cobrador, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Foto: Lineu Filho.

A Polícia Civil investiga duas hipóteses para elucidar a morte do cobrador de ônibus Fernando Mainardes da Silva, 25 anos, e a primeira delas é a de que realmente tenha sido um crime passional. A outra possibilidade é de que tenha sido um acerto de contas, por conta do passado do rapaz. A informação foi passada, na manhã desta segunda-feira (4), pelo delegado Osmar Feijó, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que também disse que já não trabalha com a hipótese de uma tentativa de assalto.

“Pela característica do crime, não há indícios de que tenha sido uma tentativa de assalto. Também não tivemos nenhum relato disso. Sabemos que foi, realmente, uma situação pessoal, entre o autor e a vítima, só agora trabalhamos para descobrir qual foi o motivo”, explicou.

Segundo as investigações, o ônibus, da linha Gramados, saiu do Terminal do Capão Raso, por volta das 19h30, e o crime aconteceu quatro pontos depois. “O atirador esperava, como se fosse um passageiro, para entrar no ônibus. Quando o coletivo parou, ele entrou e foi em direção ao cobrador. Atirou várias vezes e foi embora”.

Enquanto fugia, alguns passageiros ainda tentaram seguir o atirador, mas ele por muito pouco não provocou uma tragédia ainda maior. “Ele atirou duas vezes, para evitar ser seguido, mas não atingiu mais ninguém”, completou o delegado.

Passional ou acerto?

O delegado Osmar Feijó informou que a DHPP ainda não tem certeza sobre a motivação do crime. “O que sabemos, é que a vítima tinha passagem por roubo de veículo, receptação e roubo também. Nossa investigação busca saber se ele tinha algum desafeto, por conta de seu passado, ou se o assassinato teve alguma coisa passional”, explicou.

No dia do crime, o motorista do ônibus teria dito que o atirador ainda falou que “o assunto não era com ele”, o que reforça, para a Polícia Civil, que o assassinato seja mesmo por um assunto pessoal. De qualquer forma, o delegado salientou que a divisão vai investigar todas as hipóteses. “A nossa intenção é chegarmos à autoria do crime, então, vamos atrás disso”. O contato para denúncias é o 0800-643-1121.