Curitiba

Vereador de Curitiba propõe que nomes de rua tenham relação com história dos bairros

Foto: Divulgação.

É improvável que o compositor alemão Johann Sebastian Bach, que viveu na Europa entre os séculos XVII e XVIII tenha tido alguma relação com o bairro Vista Alegre, em Curitiba, onde dá nome a uma rua. Na visão do vereador Mauro Ignácio (PSB), este tipo de situação não deveria ocorrer. Em um projeto apresentado à Câmara Municipal, o parlamentar propõe que as denominações devem guardar “primeiramente e preferencialmente, as tradições locais e lembrar figuras, fatos e datas representativas da história local”.

“Dar nome a ruas e praças precisa ser uma homenagem às pessoas daquela localidade, não a um desconhecido. Hoje, geralmente se coloca um nome estranho, que as pessoas não se identificam”, argumenta o vereador.

Segundo ele, essa exigência faria com que as pessoas tivessem mais identificação com os logradouros públicos e, portanto, cuidassem com mais carinho de suas ruas e praças.

Para garantir a representatividade do homenageado na comunidade, Mauro Ignácio sugere que seja feito um abaixo-assinado pela população. As assinaturas seriam enviadas ao vereador propositor da denominação como sinal de apoio e aprovação dos moradores ao nome escolhido.

Segundo a justificativa do projeto de lei, os bairros de Curitiba são ricos em famílias que deram importante contribuição para o desenvolvimento local.

“Nada mais justo que a estes desbravadores, com profunda identificação com o local, seja dada a preferência, quando da denominação de um bem público em suas localidades”, diz o texto.

Atualmente a denominação de logradouros públicos obedece a regras, descritas em uma lei municipal. A norma diz que o nome não pode ser longo, repetido, pertencer à pessoa viva, proíbe fatos históricos acontecidos há menos de 25 anos, veda acontecimentos “incompatíveis com o espírito de fraternidade universal”, proíbe pessoas jurídicas e que um mesmo lugar tenha dois nomes oficiais.

Reapresentação

Mauro Ignácio já tinha apresentado a mesma proposta em junho 2014. Ela começou a tramitar e obteve parecer favorável das comissões de Legislação e Educação em apenas quatro meses. Entretanto, a iniciativa não foi incluída na pauta do plenário, por isso foi arquivado por conta do fim da legislatura e reapresentado pelo vereador.