Lava Jato

Presos da 34.º fase da Lava jato passam por exame no IML

Policia Federal encaminha para exâmes no IML de Curitiba sete presos da 34ª Fase da Operação Lava Jato.

As sete pessoas presas na fase mais recente da Operação Lava Jato, a 34ª, passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal de Curitiba na manhã deste sábado (24). Eles foram presos na última quinta (22) e trazidos para a capital paranaense, onde ficam à disposição da Justiça na carceragem da Polícia Federal. O procedimento médico é padrão após as prisões e durou pouco mais de 40 minutos.

A atual etapa da força-tarefa foi batizada de Arquivo X e investiga três núcleos de corrupção. Estão na mira os contratos de construção de duas plataformas de exploração de petróleo na camada do pré-sal entre a Petrobras e um consórcio formado pela OSX Construções Navais, do empresário Eike Batista, e pela Mendes Junior Engenharia (Consórcio Integra Ofsshore). O acordo foi selado no ano de 2012 e o Ministério Público Federal identificou três repasses feitos em 2013 que podem ter sido ilícitos. Para o MPF, a OSX e a Mendes Junior só conseguiram o contrato, no valor de US$ 922 milhões, porque pagaram propina a agentes públicos e políticos.

Passaram pelo exame Danilo Baptista, Francisco Corrales Kindelan, Julio César Oliveira Silva, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, Luiz Eduardo Neto Tachard, Luiz Claudio Machado Ribeiro e Ruben Costa Val. Todas as prisões são temporárias, válidas por cinco dias, e vencem na próxima segunda (26), mas podem ser prorrogadas por igual período ou ainda ser convertidas em preventivas – quando não há prazo para soltura. Kindelan é empresário e foi o último a ser capturado porque estava na Espanha.

Além das prisões, os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da petroleira e construtora naval, que fica no 10º andar de um prédio no Centro do Rio de Janeiro.

Peixe grande

O alvo principal da Operação Arquivo X é o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que atuou nos governos petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Isso porque, de acordo com o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, ele pediu ao empresário Eike Batista uma “doação” de dinheiro durante uma reunião ocorrida em novembro de 2012. O argumento de Mantega, no encontro, teria sido o de que o montante – R$ 5 milhões – seria usado para quitar dívidas eleitorais da primeira campanha presidencial de Dilma. O ex-ministro chegou a ser preso na quinta-feira, mas teve a prisão revogada poucas horas depois pelo juiz federal Sérgio Moro.

Ainda conforme o procurador, os pagamentos feitos por Eike foram operacionalizados por Mônica Moura, mulher do marqueteiro do PT João Santana. O casal foi preso em fevereiro deste ano, na 23ª fase da Lava Jato, mas acabou solto no dia 1º e agosto.

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