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Paranaenses devem assumir “novos papéis” no Senado após votação

Com o provável afastamento definitivo da presidente da República Dilma Rousseff (PT) pelo Senado, e a posse de Michel Temer, os três parlamentares paranaenses da Casa – Alvaro Dias (PV), Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB) – assumem “novos papéis” em Brasília. Uma das mais aguerridas aliadas da presidente Dilma, Gleisi segue para a oposição, onde deve atuar na linha de frente de defesa das gestões petistas e de seu legado. No Senado, ela permanece à frente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), um dos principais grupos técnicos da Casa, responsável por analisar as matérias econômicas protocoladas pelo Executivo.

Embora Requião costume atuar no parlamento de forma “individual”, o peemedebista vai virtualmente engrossar a bancada oposicionista, já que é um ferrenho crítico da política econômica ensaiada por seu colega de partido, Michel Temer. No Paraná, o senador também deve sair do processo de impeachment enfraquecido na histórica briga que mantém com a ala de peemedebistas afinada com o PSDB de Beto Richa.

á o ex-tucano Alvaro Dias, que ao sair do PSDB perdeu o protagonismo no embate com os petistas, tentará “independência” em relação ao Planalto, embora o PV já tenha representante no primeiro escalão da gestão interina.

Discursos

Tanto Gleisi quanto Requião no último discurso que fizeram no Senado antes da votação final do processo de impeachment, na tarde de terça-feira (30), já fizeram críticas à gestão Temer, considerada um retrocesso pela dupla em relação a direitos sociais. Ambos, especialmente Gleisi, também destacaram a preocupação com a bandeira da igualdade de gênero no Brasil a partir da posse de Temer. Já Álvaro Dias não mencionou o peemedebista, se dedicando a atacar a gestão Dilma, apontada por ele como um “grande fracasso ético, político e administrativo”.

Quatro meses

Ao longo dos quase quatro meses do trâmite do processo de impeachment no Senado, os três parlamentares do Paraná se envolveram com o assunto de forma diferente. Gleisi integrou o chamado “núcleo duro” de defesa da petista, formado também pelos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Os três foram membros assíduos da comissão especial do impeachment, composta por 21 titulares. Estudiosos do processo de impeachment, foram responsáveis pela reprodução do discurso de defesa e protagonizaram dezenas de embates com a oposição.

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