tornozeleira eletrônica

Acusado de matar adversário, ex-prefeito de Piên consegue liberdade provisória

Vítima acabou assassinado em um complô armado pelo seu antecessor no cargo. Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo.
Vítima acabou assassinado em um complô armado pelo seu antecessor no cargo. Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo.

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) concedeu, na tarde desta quinta-feira (8), a liberdade provisória ao ex-prefeito de Piên, Gilberto Dranka. Ele é réu por envolvimento no assassinato do prefeito eleito da cidade, Loir Drevek, executado em dezembro de 2016. Dranka está preso desde 31 de janeiro de 2017 e, com a decisão, passará a ser monitorado por meio de tornozeleira eletrônica. Ele será levado a júri popular, em data ainda a ser definida pelo Judiciário.

Por meio de nota, a defesa de Dranka declarou que o ex-prefeito de Piên é inocente e “vítima de uma investigação confusa e falha”. O advogado Cláudio Dalledone Junior disse que existem fortes elementos que apontam a verdadeira autoria do crime. “Dranka não está nem nunca esteve envolvido neste crime. No tempo certo, todos os fatos serão esclarecidos e a verdade virá à tona”, disse o advogado.

Dranka havia sido preso em uma operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Na ocasião, os agentes o encontram escondido no forro da casa em que morava (veja o momento da prisão em vídeo ). Outras três pessoas foram presas, acusadas de envolvimento com o crime.

Drevek foi assassinado em dezembro de 2016, três dias depois após ter sido atingido por tiros quando estava com a família, a bordo de um carro. Desde o dia em que foi baleado, os comentários na cidade davam conta de que o ex-prefeito (Dranka) teria encomendado o assassinato.

O prefeito eleito chegou a ser apoiado politicamente por Dranka e ganhou a eleição com 51% dos votos. Após a eleição, no entanto, Drevek não teria cumprido um acordo de distribuir cargos entre os aliados.