Polícia desmascara integrante de quadrilha que usava nome falso

O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) descobriu nesta sexta-feira (07) que Juliana Regina dos Santos, 23 anos, presa no dia 29 do mês passado junto com uma quadrilha de tráfico internacional de drogas, não é ré primária, como se pressupunha. Seu nome verdadeiro é Eliane Aparecida Meciano, conhecida como ?Gorda?. Ela tem mandado de prisão expedido em 2004, por roubo e passagem por porte de arma.

?Seu julgamento, por causa do envolvimento com a quadrilha, está em grau de recurso no Tribunal de Justiça. Se fosse julgada como Juliana, seria ré primária e, por conta disso, poderia ter abrandamento da pena?, explicou o delegado Renato Bastos Figueiroa.

Eliane é irmã de Débora Cristina Meciano, 20, também presa por ser uma das chefes da quadrilha desmantelada no dia 29. Eliane já havia sido presa em outubro de 2005 por tráfico de drogas e estava presa no 9.º Distrito Policial, quando foi resgatada pelos integrantes da quadrilha, há três semanas. No dia 29, Eliane foi encontrada pelo Cope na casa de Débora, em Praia de Leste.

O Cope vai comunicar ao juiz sobre o resultado destas investigações, para que ela seja julgada pelos delitos cometidos anteriormente com seu verdadeiro nome. Segundo Figueiroa, ela poderá responder também por falsidade ideológica.

Assaltantes

Outra pessoa que possui contatos com a quadrilha e que já foi identificada pelo polícia é Fernando Pereira Paixão. Ele está preso desde semana passada em São José dos Pinhais, por porte ilegal de arma. ?Ele foi preso pelos policiais daquela cidade, quando transportava armas para o litoral?, contou o delegado.

Paixão foi identificado também como sendo um dos assaltantes da Joalheria Comércio Ouro e Prata, roubada no dia 1.º de fevereiro deste ano. O Cope vai até São José dos Pinhais na próxima segunda-feira para interrogá-lo sobre o assalto à joalheria.

Segundo o delegado, a quadrilha desmantelada no dia 29 está envolvida em muitos crimes. ?Há suspeitas desde furtos até homicídios. O tráfico serve para que eles comprem armas e, assim, possam ampliar o número de integrantes para assaltar?, complementou. O Cope descobriu também que a quadrilha dividia a cidade de Curitiba em zonas e cada integrante era responsável por uma delas. ?A ?zona Sul? era ?cuidada? pelo Márcio Borghi Ribeiro, que já está preso. Investigamos qual deles cuidava das outras regiões e se há mais alguém para ser preso?, concluiu.

Desmantelamento

No dia 29 de março deste ano, o Cope pôs fim a um esquema internacional de tráfico de drogas que ?abastecia? Curitiba, Região Metropolitana e litoral do Paraná e de Santa Catarina. Ao todo, foram presos 14 adultos, apreendidos três adolescentes, 180 quilos de maconha e dez quilos de crack, avaliados em R$ 200 mil. Os policiais do Cope ainda apreenderam um fuzil Ruger 223, duas pistolas 9mm, uma pistola ponto 380 e farta munição para estas armas.

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