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Casos de afogamentos podem ser evitados, mas o que fazer?

Foto: Arquivo

As altas temperaturas do verão sugerem um banho no mar e a apreciação das ondas, mas há casos em que o veranista não se atenta às condições de segurança e acaba sendo vítima de afogamento. Durante o Verão Paraná 2016/2017, o Corpo de Bombeiros está disponibilizando dezenas de guarda-vidas que foram designados para atender a demanda nas praias paranaenses, mas o veranista deve atentar-se às medidas de segurança e orientações para evitar ser vítima desse tipo de acidente.

Nesta temporada, de 22 de dezembro a até segunda-feira (06/02), os bombeiros militares fizeram 4.216 prevenções, 52.556 orientações, 21.254 advertências e 883 resgates/afogamentos, registrando 11 óbitos. No verão anterior, no mesmo período, o Corpo de Bombeiros registrou 885 resgates/afogamentos, 56.157 orientações, 31.510 advertências e oito óbitos por afogamento (de 23 de dezembro de 2015 até o dia 10 de fevereiro de 2016).

De acordo com a porta-voz da instituição e integrante do 8º Grupamento de Bombeiros (8º GB), tenente Virgínia Turra, há orientações e dicas que podem salvar vidas se as pessoas estiverem atentas aos sinais de alerta.

Antes de entrar na água, a pessoa deve evitar o consumo de bebida alcoólica e de alimentos pesados, pois pode comprometer a coordenação motora e facilitar o afogamento. “Nadar ou mergulhar em locais próximos a pedras, estacas e piers pode ser perigoso e causar acidentes, bem como acessar valas, que aparentemente estão tranquilas, mas possuem uma forte correnteza que pode arrastar o banhista”, avisa.

Outra dica essencial é nadar somente entre as bandeiras vermelha sobre amarela (duas cores na mesma bandeira), dispostas em pares ao longo da praia. Ali sempre haverá um Posto de Atendimento de guarda-vidas, e é o local mais seguro para entrar no mar. Também é importante que que os banhistas acessem o mar somente quando houver a presença do guarda-vidas.

O QUE FAZER DIANTE DE UM AFOGAMENTO?

A primeira atitude a ser tomada diante de uma ocorrência de afogamento é acionar o Corpo de Bombeiros pelo 193 para que uma equipe especializada possa fazer o resgate da maneira mais eficiente e técnica. “A pessoa deve informar exatamente o local da ocorrência, relatar o que está acontecendo e quantas pessoas estão envolvidas. Uma equipe será enviada por terra ou por água, até pelo ar (aeronave), para fazer o atendimento. As pessoas não devem entrar na água para fazer um resgate, a não ser que a pessoa seja tecnicamente treinada, fisicamente preparada e tenha os equipamentos necessários para ajudar”, adverte Turra.

Até a chegada da equipe de socorro, se houver a possibilidade, a pessoa que identificar uma situação de afogamento pode auxiliar a vítima lançando um objeto flutuante para que ela se segure, desde que não entre no mar. “Manter-se no solo evita que o indivíduo coloque a sua vida em risco”, afirma a tenente.

Para quem estiver no mar e perceber que está se afogando, a principal dica é não entrar em pânico, tentar flutuar e pedir socorro. “Tem que tertranquilidade, aguardar o socorro e manter-se respirando e flutuando. Quando o bombeiro se aproximar da vítima ele vai tranquilizá-la, repassando um flutuante para que ela se segure. O afogado deve tercuidado para não ficar sobre o bombeiro para não empurrá-lo para a água, pois pode colocar tanto ele quanto o profissional e risco”, alerta a tenente Turra.

Ainda segundo a oficial, as pessoas podem interagir com os bombeiros militares e tirar dúvidas sobre a segurança no mar. “A pessoa pode aproveitar os Postos de Atendimento e fazer perguntas para os guarda-vidas a fim de saber sobre os locais mais seguros para banho, onde estão as correntes de retorno, pegar pulseirinhas para as crianças, informações sobre as águas vivas no local, tudo isso pode ser repassado pelo guarda-vidas mantendo a pessoa informada para ter sua segurança”, disse a tenente Turra.

Com o intuito de reduzir os casos, nesta operação a instituição capacitou os bombeiros militares na atividade de guarda-vidas, e conta com um reforço de profissionais civis que estão na orla marítima também dando apoio ao Corpo de Bombeiros. Os balneários com maior concentração de banhistas tem guarda-vidas distribuídos nas praias das 8h até 20h, observando atentamente e repassando orientações de segurança. As bandeiras de sinalização estão dispostas para ajudar os banhistas a identificarem locais perigosos antes de entrar na água.