Cedeu

Temer anuncia redução de R$ 0,46 no preço do diesel por 60 dias

Temer durante a reunião com ministros, técnicos e emissários dos caminhoneiros. Foto: Alan Santos/PR

O presidente Michel Temer fez um pronunciamento ontem à noite, para anunciar a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias. Ao fazer o anúncio, o presidente atende a um pedido do grupo de caminhoneiros autônomos que esteve no Planalto ontem. Ele fez um balanço do atual momento da greve dos caminhoneiros e falou sobre as medidas provisórias (MPs) que serão assinadas, incluindo além da redução, a liberação do pedágio para quando o terceiro eixo dos caminhões estiver suspenso.

A avaliação realista feita ontem pelo presidente Michel Temer numa conversa com um interlocutor é que, a essa altura do campeonato, é melhor um mau acordo a não ter acordo nenhum. Isso porque o prejuízo da paralisação da produção brasileira e os reflexos no país já são bem maiores do que o valor que o Tesouro terá que desembolsar para honrar a redução de R$ 0,46 no preço do diesel. Além disso, pesa na decisão do governo o pragmatismo político. A avaliação de que a manutenção da paralisia pode criar um desgaste generalizado ao governo Temer.

Mais gorda

Pelo menos 15 caminhoneiros autônomos de vários Estados estiveram no Palácio do Planalto na noite de ontem. O grupo reforçou a pauta já apresentada na quinta-feira – com pedido de medida provisória para uma nova política de remuneração do frete e um decreto presidencial para zerar o PIS/Cofins – e também novos pedidos – como garantir 30% do transporte da carga da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para motoristas autônomos. O presidente também acatou este pedido.

Após a frustração com o acordo firmado na quinta-feira com líderes nacionais e que foi completamente ignorado pelas estradas, o Palácio do Planalto decidiu abrir diálogo com coordenadores regionais e específicos do movimento para tentar resolver o problema que já está no sétimo dia e ameaça se estender por tempo indeterminado. A ação foca especialmente os motoristas que estão à frente dos pontos de protesto com maior resistência ou considerados estratégicos pelo gabinete de monitoramento criado pelo governo federal.

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