Pra pressionar

Na briga contra aplicativos, taxistas de Curitiba participam de carreata até Brasília

Taxistas de Curitiba vão participar de carreata até Brasília para pressionar senadores. Foto: Átila Alberti
Foto: Átila Alberti

Cerca de 70 taxistas de Curitiba seguem em carreata rumo à Brasília na próxima segunda-feira (16). O movimento, que contará com trabalhadores de todo o país, defende e pede a aprovação da regulamentação dos aplicativos de transporte individual de passageiros.

No próximo dia 17, o Senado deve votar o PLC 28/2017, que regulamenta os serviços prestados por aplicativos como Uber, 99, Cabify e outros. A proposta do PLC 28 foi aprovada em abril pela Câmara dos Deputados e ela é composta por uma série de regras para o funcionamento.

Representantes dos taxistas dizem que, se aprovada, traz mais segurança à categoria. Segundo Eduardo Fernandes, presidente da União dos Taxistas de Curitiba (UTC), eles querem apenas trabalhar de forma justa e honesta.

“Nós estamos na expectativa de votação do PLC 28, que vem para regulamentar os aplicativos. Nas últimas reuniões de Brasília, houve mudanças na proposta e essas mudanças vão acabar com o serviço de táxi no Brasil inteiro. São mudanças que deixam os serviços de aplicativos tão livres que a gente não consegue ter uma concorrência equilibrada”, enfatizou.

Foto: Átila Alberti
Foto: Átila Alberti

A expectativa é que milhares de taxistas de outras regiões também participem do ato. Além da UTC, o movimento tem apoio de outras associações e trabalhadores. O ponto de encontro para a viagem será na Prefeitura de Curitiba às 5h30 e eles pedem que outros taxistas compareçam para apoiar o movimento. A chegada em Brasília está prevista para terça-feira (17).

Pouco lucro

De acordo com Eduardo, o lucro dos taxistas caiu mais de 50% e o número preocupa muito a classe. “Eu sou taxista há 17 anos, mas existem colegas que trabalham há muito mais tempo e não têm como trabalhar com outra coisa. São pessoas mais velhas, que não podem voltar a estudar para se realocar no mercado de trabalho. O que a gente quer é justiça e trabalhar de forma igual”, explicou.