Servidores de Curitiba sofrem com falta de água potável

Servidores da Vigilância Sanitária de Curitiba sofrem com a falta de água potável em duas unidades do setor localizadas no Centro. De acordo com denúncia feita por um funcionário, que preferiu não se identificar, o distrito situado na esquina da Avenida Sete de Setembro com Rua Nunes Machado e o Centro de Saúde Ambiental (CSA), na Rua Francisco Torres, não oferecem água para funcionários e cidadãos que frequentam os locais. Trabalhadores do órgão fizeram uma “vaquinha” para comprar os galões necessários para o consumo.

Segundo o servidor, a falta de água começou há cerca de um ano, quando a reposição começou a ser interrompida. “Tinham semanas que os galões não chegavam e nós funcionários comprávamos garrafas. Mas isso começou a ficar cada vez mais comum. Quando percebemos estávamos fazendo vaquinhas para comprar água para o setor todo”, diz. De acordo com ele, os coordenadores do distrito e do CSA alegaram que o problema era gerado por problemas de licitação. “Primeiro foi esse processo licitatório, depois havia um vencedor da licitação que não estava cumprindo o contrato. E no meio desse jogo de palavras, nós e até os cidadãos que iam a esses postos não tínhamos água para beber”, explica.

A situação começou a gerar atritos internos e até uma reclamação à central de atendimento da prefeitura de Curitiba. “Foi a única solução que achei, porque ninguém tem coragem de reclamar diretamente para a chefia. Então liguei no 156. Mas não resolveu e a situação só piorou. E é um absurdo, um órgão que cobra das empresas para que forneçam água potável aos trabalhadores não ter água para os próprios servidores”, ressalta.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) afirma que tem conhecimento da situação e já notificou a prefeitura. “Esta é uma situação inaceitável, ainda mais se falando da Vigilância Sanitária. E o problema não acontece só nessas unidades. Em todos os postos da Vigilância há esse e outros tipos de problemas. Já notificamos e se nada acontecer vamos fazer uma denúncia no Ministério Público”, revela Irene Rodrigues dos Santos, diretora do Sismuc.

Problema de licitação

A Secretaria Municipal de Saúde reconhece o problema e diz que a falha no fornecimento de água ocorreu devido a um pregão deserto, no qual nenhuma empresa quis participar do processo licitatório. De acordo com órgão, uma licitação emergencial estão sendo organizada e até janeiro a situação será normalizada.