Na RMC

Queda de muro com mais de 20 anos deixa escola completamente desprotegida

Comunidade escolar já tinha feito protocolo pedindo reconstrução do muro, além de existir um laudo da Defesa Civil mostrando que a estrutura estava comprometida. Foto: Colaboração

Um laudo da Defesa Civil e um protocolo pedindo a reconstrução do muro não foi o suficiente para fazer com que a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) tomasse alguma providência. Por isso, nesta segunda-feira (18), o muro da Escola Estadual Chico Mendes foi ao chão. “Por sorte, não machucou ninguém, mas agora a escola está completamente desprotegida”, desabafou um pai entrevistado pela Tribuna do Paraná, que preferiu não se identificar.

A escola, que tem turmas de Ensino Fundamental e Médio, fica na Rua Manoel Marcílio de Oliveira, na Colônia São Marcos, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Segundo o homem, o colégio tem mais de 20 anos e o muro, daqueles de palitos de cimento, era o mesmo desde a inauguração. “Quando a escola foi construída, a rua ainda não era asfaltada, depois que veio o asfalto, o muro cedeu”.

Desde então, além de manter a ordem com os mais de 1300 alunos, os professores e funcionários lidavam com o problema e alertaram à Secretaria da Educação para que o muro fosse refeito, pois havia ainda o risco de despencar em alguma criança. “Até a Defesa Civil emitiu laudo para alertar, mas nada foi suficiente. Agora o muro caiu. Se para os professores já era difícil segurar os alunos com muro, imagina sem?”, comentou o pai.

Além do risco de que algum aluno saia da escola, os pais também temem que os equipamentos do colégio sejam roubados. “Porque mesmo com as janelas e portas, a escola agora está totalmente à vista. E a região não é das mais seguras”.

Apesar do problema, as aulas não foram suspensas. “Porque se suspenderem até que o muro seja reconstruído e a quadra de esportes, que prometeram cobrir, seja coberta, nós vamos ficar com as crianças em casa eternamente. Sinceramente, tem quem esteja otimista, acreditando que agora alguém vai fazer alguma coisa, mas eu já desisti. Ninguém está nem aí para nós”. A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Secretaria da Educação do Paraná e aguarda retorno.

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