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Prefeitura desfaz calçadas verdes da gestão Fruet

Projeto Calçada Verde, da gestão Fruet, está sendo desfeito por falta de análise de eficácia. Foto: Angieli Maros.
Projeto Calçada Verde, da gestão Fruet, está sendo desfeito por falta de análise de eficácia. Foto: Angieli Maros.

A prefeitura de Curitiba está removendo a tinta do projeto Calçadas Verdes do Centro de Curitiba. A ação marca o fim definitivo do projeto instalado pela gestão do ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT) em cinco esquinas no Centro – os cruzamentos das ruas Carlos de Carvalho com Alameda Cabral; Cândido Lopes com Ébano Pereira; Cândido Lopes com Avenida Marechal Floriano Peixoto; Inácio Lustosa com Mateus Leme; e Inácio Lustosa com Avenida Cândido de Abreu.

Implantadas em 2016, as calçadas verdes serviam como extensões do passeio nas vias com o objetivo de aumentar a segurança de pedestres e incentivar os deslocamentos a pé pelo Centro da cidade. Sua retirada começou após análise técnica da gestão do atual prefeito, Rafael Greca (PMN), de que a medida cria insegurança aos pedestres por estarem na pista de rolamento, no mesmo nível dos veículos. Ano passado, a prefeitura já havia retirado os cilindros de proteção das calçadas. À época, os conceitos do projeto estavam sendo revistos já que não havia sido feito nenhum controle da eficácia dos aparatos.

Apesar da análise feita pela prefeitura, alguns pedestres lamentam a retirada da calçada verde. Beatriz Kurado, 65 anos, dona de uma loja entre a Inácio Lustosa e Cândido de Abreu, acredita que a retirada é prejudicial aos pedestres. “Vai ser ruim, principalmente para idosos. Eles atravessam bastante aqui e se não dá tempo de chegar até o final, ficam esperando ali. Isso é segurança”, avaliou.

A arquiteta Tatiana Peixoto, 30 anos, já havia desaprovado a retirada dos cilindros de proteção na esquila da Alameda Cabral e Doutor Carlos Carvalho em 2017, e reforça seu posicionamento com a desativação completa. “Segurança tinha com os cones. Hoje nada mais impede um acidente ali. Enquanto tinha os cones, achava seguro e até ficava ali esperando os carros passarem”, relata.

Margarete Thomaz, de 55 anos, também discordou da ação do município. “Não é certo desfazerem uma coisa que deu certo. Eles fizeram por segurança, então por que desmanchar?”, completa.