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Paralisação nacional pode atrasar o transporte coletivo na sexta-feira em Curitiba

Foto: Arquivo.

Usuários do transporte coletivo de Curitiba e região devem estar atentos a uma paralisação nacional que ocorre na próxima sexta-feira, dia 25.

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), informou que irá aderir a uma mobilização nacional contra medidas do governo que retira direitos dos trabalhadores. O ato chamado de “Dia Unificado de Protestos e Paralisações” acontecerá em todo o país e conta com a participação de vários sindicatos.

O Sindimoc ainda não sabe quais serão as ações que ocorrerão na capital. “Nós provavelmente vamos fazer apenas uma assembleia na sexta-feira pela manhã com os trabalhadores para abordar a pauta da paralisação. Ainda estamos esperando uma definição da central dos sindicatos para poder definir quais serão os atos que faremos aqui em Curitiba. A população não será afetada, talvez apenas aqueles que precisam pegar o coletivo nos primeiros horários esperem um pouco mais devido a assembleia, mas no restante do dia a circulação dos ônibus deve ser normal”, afirmou Anderson Teixeira, presidente do Sindimoc.

Segundo Teixeira, os motoristas e cobradores estão focados na questão do 13° e, por esse motivo, não seria o momento ideal para aderir a uma paralisação geral. “Estamos em negociação com as empresas para que os trabalhadores consigam receber em dia as parcelas do 13°. Não podemos aderir a uma paralisação que dure o dia todo neste momento, isso poderia causar problemas na negociação com as empresas”, declarou.

Medo de atraso no 13° mobiliza motoristas e cobradores

Desde o inicio de novembro o Sindimoc vem questionando as empresas do transporte coletivo da capital e região metropolitana sobre o pagamento do benefício do 13° salário.

O Sindimoc já se reuniu com o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), e aguarda resposta da classe patronal. Segundo o presidente do Sindimoc, o objetivo da negociação é evitar que, assim como em anos anteriores, o 13° atrase. “Há quatro anos temos atrasos no pagamento do benefício, estamos negociando para evitar prejuízos ao trabalhador e também evitar que eles sejam pegos de surpresa”, disse.

A reportagem da Tribuna do Paraná procurou o Setransp que informou que está conversando com o poder público e que as empresas dependem do repasse municipal para efetuar os pagamentos.  A nota ainda afirma que existe um colapso no sistema de transporte coletivo que gera um desiquilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão.

Outro ponto abordado é a projeção de passageiros estipulada para o cálculo da tarifa técnica. De acordo com o Setransp, a Urbs estimou que  148 milhões de passageiros embarcariam nos ônibus de março a outubro, mas na prática esse número foi de 138 milhões, o que gerou uma perda de R$ 35 milhões.

O sindicato ainda afirmou que a intenção é que a primeira parcela do benefício seja paga no dia 30 de novembro e a outra parte no dia 20 de dezembro.