MOBILIZAÇÃO

Ônibus: empresas querem que botão do pânico acione alarme na Guarda Municipal e PM

Foto: Daniel Castellano/SMCS

Tendo em vista a onda de violência no transporte coletivo, as Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana tomaram uma iniciativa para tentar conter esse problema. A ideia é fazer com que o botão do pânico, presente nos ônibus e nas estações-tubo, dispare um alerta diretamente nos centros de controle da Guarda Municipal e da Polícia Militar.

“Hoje, quando o botão do pânico é acionado pelo nosso colaborador diante de alguma eventualidade, o alerta é emitido somente nos CCOs (Centro de Controles de Operações) da Urbs e das empresas”, explicou o diretor executivo das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana, Luiz Alberto Lenz César. “Queremos que o alerta chegue diretamente à Guarda e a PM para que esses órgãos enviem uma viatura ao local do chamado o mais rápido possível.”

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De acordo com Lenz César, essa medida pode ser mais eficiente do que a instalação de câmeras. “Temos câmeras nas estações-tubo e nem por isso o vandalismo deixou de acontecer”, justificou ele. “Acreditamos que a presença da força policial ao local do chamado dará uma resposta mais rápida a esse problema da violência.”

As operadoras reforçam que estão bastante preocupadas com a falta de segurança no transporte coletivo e tomando as medidas que lhes cabem nesse processo. Elas já prestam a sua contribuição ao mapear os locais mais assaltados e repassar essas informações aos órgãos de segurança.

Também incentivam o uso do cartão transporte – hoje, apenas 60% dos passageiros o utilizam em Curitiba. É comprovado no Brasil e no mundo que, quanto menos dinheiro em circulação, menor é o número de roubos no sistema. Além disso, participam ativamente do Comitê de Segurança no Transporte Coletivo.

As empresas reafirmam, ainda, que são solidárias ao Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) e a população de Curitiba e Região Metropolitana em relação aos episódios de violência ocorridos no transporte coletivo e se colocam à disposição a fim de encontrar soluções em conjunto para esse problema.

Porém, as empresas consideram que uma série de paralisações do sistema vai apenas prejudicar ainda mais o passageiro, que já vem sofrendo com a violência. Por isso, vão tomar todas as medidas disponíveis para garantir a continuidade do serviço de transporte.