Guerreiro!

Morre adolescente que lutava contra doença rara

Gabriel Franco Machado lutava contra uma doença rara. Foto: Felipe Rosa.
Gabriel Franco Machado lutava contra uma doença rara. Foto: Felipe Rosa.

Depois de muita luta, o adolescente Gabriel Franco Machado, de 14 anos, descansou. O garoto, mostrado pelos Caçadores de Notícias no começo desta semana, morreu na madrugada desta sexta-feira (17). Gabriel fazia tratamento de Adrenoleucodistrofia (ALD), uma doença degenerativa, rara e incurável.

Na reportagem, que saiu na última segunda-feira (13), Linda Franco, 38, a mãe do pequeno, contava detalhes sobre como era a luta diária, há mais de sete anos, dos dois em casa. Atingindo principalmente os meninos, a ALD afeta o cérebro e as glândulas adrenais, por conta de um erro no cromossomo X.

No Facebook, Linda Franco postou uma homenagem ao filho Gabriel. Foto: Reprodução.
No Facebook, Linda Franco postou uma homenagem ao filho Gabriel. Foto: Reprodução.

A mãe contou que o menino nasceu saudável e até os sete anos, levava uma vida normal. Ele ia à escola, corria, andava de bicicleta, jogava futebol, enfim, realizava todas as atividades comuns para sua idade. Mas tudo mudou quando Gabriel passou a apresentar mudanças de comportamento, entre outros sintomas.

Gabriel já estava em estágio terminal da doença, tendo superado a expectativa de vida, que lhe dava poucos anos depois da confirmação do diagnóstico. Nos últimos anos, o pequeno já não andava, não enxergava, não falava e precisava da ajuda de aparelhos para se alimentar e respirar.

Força na ajuda

Segundo Linda, crianças com doenças raras como a que Gabriel tinha precisam de coisas simples, que muitas vezes não são fornecidas pelo sistema público de saúde ou não podem ser compradas pelos parentes. Por conta disso, a mãe criou um grupo de apoio para que pudesse compartilhar não só as angustias e vitórias, mas também ajudas.

O grupo de Linda, o “Troca-Troca entre mães especiais”, começou no extinto Orkut e hoje são mais de 6 mil pessoas e 24 filiais. “Esse grupo, além de ajudar outras mães, intermediando as doações, foi a forma que encontrei para aceitar a doença do meu filho e não entrar em depressão. Hoje entendo a doença do Gabriel como uma missão de vida, que veio para que eu pudesse ajudar os outros e também me tornar uma pessoa melhor. Neste grupo ajudamos com tudo o que podemos”, disse a mãe.