Eleições 2016

Centro de Curitiba é tomado pelas campanhas políticas

Foto: Átila Alberti.

No primeiro fim de semana de propaganda política, quem passou pela região central de Curitiba se deparou com as tradicionais tendas de candidatos, principalmente na Boca Maldita. Dezenas de cabos eleitorais com a distribuição de adesivos e santinhos de concorrentes a um cargo na Câmara Municipal ou na prefeitura da capital paranaense. Caixas de som com jingles diversos se misturavam entre si.

“Fica difícil até de entender quem é quem com tanto barulho. Mas, pra mim, isso não muda nada na hora de votar. Não é um papel com a foto e o número de certa pessoa que vai me fazer decidir o voto. Eu analiso os candidatos e as propostas”, explica a aposentada Sueli Pereira que, mesmo liberada do voto obrigatório, faz questão de marcar presença nas eleições.

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Aposentada já havia amassado o folheto de um candidato. Foto: Átila Alberti.

A opinião é a mesma da marqueteira Taiane Machado, 27 anos. “Tudo isso e esse papel que eles praticamente colocam na mão da gente me incomodam demais. A campanha em si, na TV e no rádio, é o que me ajuda a escolher”, garante.

Na mão de Anastácia Greskowez um folheto de candidato, já amassado, pronto para ser jogado no lixo. “Eu pego por educação, mas pra mim nunca fez e nunca fará diferença. Eu voto sempre, mas penso e repenso nas minhas opções. Já que prometem muito e não fazem nada, costumo escolher os que não são de família política”, explica a aposentada.

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Para turistas do Rio de Janeiro, a campanha não é novidade. Foto: Átila Alberti.

Para o casal de turistas cariocas, Plínio Takayama, administrador, e Monique Batista, advogada, a campanha colorida e barulhenta nas ruas da cidade não é novidade alguma. “No Rio de Janeiro é até pior, estamos acostumados. A única influência que isso traz é a negativa”, explica Plínio. “Eu já morei aqui e é sempre isso, mas agora sinto que está ‘menos pior’”, relata Monique.

A opinião é a mesma do médico veterinário Reinaldo Mion, que, apesar de não se importar com a papelada e as músicas de campanha, também acredita que a “poluição visual” está bem menor. “Acho que nesse ano está melhor do que nas últimas eleições. Não tem tanta propaganda assim”.

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Reinaldo acredita que a ‘poluição visual’ está bem menor. Foto: Átila Alberti.

Mudanças

A percepção não é apenas impressão. Para as eleições de 2016, uma série de mudanças foi estipulada pelo Tribunal Superior Eleitoral, entre elas a proibição de cavaletes, faixas, placas, bonecos e semelhantes em vias públicas, como calçadas e praças.

Quem desrespeitar a norma é notificado pelo TSE e, em caso de descumprimento, pode ser multado em um valor que vai de R$ 2 mil a R$ 8 mil.

A colocação de propaganda eleitoral desse tipo também está proibida em lugares de uso comum, como centros comerciais, estádios, lojas, clubes, cinemas, templos e ginásios, mesmo que sejam de propriedade privada. Adesivos em veículos estão liberados desde que não ultrapassem a medida de 50 cm x 40 cm.

Já a propaganda em rádio e TV teve início na última sexta-feira (26) e segue até o dia 29 de setembro. Os programas em bloco, apenas com os candidatos a prefeito, são veiculados de segunda à sábado nos seguintes horários:

RÁDIO – das 7h00 às 7h10 horas e das 12h00 às 12h10 horas
TELEVISÃO – das 13h00 às 13h10 horas e das 20h30 às 20h40 horas

As propagandas políticas exibidas nos intervalos comerciais têm veiculação diária durante o mesmo período. São 70 minutos distribuídos ao longo da programação das emissoras de rádio e TV, divididos da seguinte maneira: 42 minutos para os candidatos a prefeito e 28 minutos para os candidatos a vereador.