Crime em 2013

Caso Tayná tem novo capítulo: suspeitos são ouvidos na Polícia Civil

Arquivo.

Foi realizada nesta terça-feira (16) uma nova fase do processo de tortura a que respondem 21 policiais civis, um policial militar, dois guardas municipais e dois presos, no caso do assassinato de Tayná Adriane da Silva, 16 anos.

Conforme informou a rádio Band News FM, os quatro suspeitos de matar a garota, que são vítimas no processo de suposta tortura, foram ouvidos na Corregedoria da Polícia Civil em Curitiba. Eles teriam sofrido agressões policiais no período em que ficaram detidos em três carceragens da região de Curitiba e desde então fazem parte do Programa Federal de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas.

O depoimento deles havia sido adiado por quatro vezes, mas ontem, os corregedores puderam ouvi-los. O conteúdo dos depoimentos, que se restringiu a questão do processo disciplinar dos policiais, não foi divulgado.

Os quatro suspeitos foram escoltados em um carro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco). A Justiça ainda precisa terminar de ouvir o MP-PR e as alegações da defesa dos policiais. Mesmo após três anos de investigações, o caso da morte de Tayná permanece sem solução.

O crime

A garota foi encontrada morta no fim de junho de 2013, em um terreno baldio de Colombo. Os quatro funcionários de um parque de diversão que ficava nas proximidades foram presos, suspeitos pelo crime. A polícia informou que eles haviam confessado o homicídio, mas dias depois a perícia confirmou que não houve crime sexual e que o sêmen encontrado nas fezes da garota não pertencia a nenhum deles. Após os indícios de tortura, o MP-PR processou os policiais e presos de “confiança” supostamente envolvidos. O inquérito sobre o assassinato da garota segue com a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).