Vida de cão

Canil clandestino é fechado por ativistas no Pilarzinho

Mais de 50 cães foram resgatados na manhã de sábado (02), de uma casa na esquina das ruas Raposo Tavares e Antônio César Casagrande, no Pilarzinho. A maioria dos cães é de raça e os animais eram mantidos em uma criação ilegal com condições precárias de higiene. Eles serão tratados e depois encaminhados à adoção.

O canil clandestino já foi denunciado diversas vezes por vizinhos e protetores dos animais, que afirmam que os cães sofriam maus tratos e eram criados para gerar novos cachorros, vendidos a pet shops. “Mesmo tendo uma placa dizendo ‘doa-se’, ela não doava os cães. Pedi para uma amiga tentar adotar um cachorro, mas a dona da casa acabou vendendo por R$ 200. Ela se diz a cachorreira da rua, mas como se só tem cachorros de raça”, protestou uma vizinha, que não quis se identificar e também reclamou do mau cheiro na casa.

Desta vez os ativistas temeram pela retirada dos bichos para um local incerto e por isso começaram uma vigília em frente à casa às 22h da última sexta-feira. Eles passaram a madrugada na rua para evitar que a dona da casa saísse com alguns cachorros. A retirada só foi possível depois de uma intensa negociação entre a Rede Protetora dos Animais e a responsável pela casa, que autorizou a remoção e doação dos bichos. A ação mobilizou diversos voluntários, que encaminharam os animais a lares temporários para recuperação. Já na saída da casa cada cão foi microchipado e em breve passará por exames médicos, além da castração. “Só depois disso serão adotados. Isso será decidido em uma parceria entre os protetores e a prefeitura”, afirma a protetora Gerusa Matos.

“O mais importante neste momento é a retirada dos cães. Depois veremos as condições legais”, completou a gerente da Rede de Proteção, Vivien Morikawa. Ela informou ainda que serão verificadas possíveis provas de que os animais eram vendidos, já que a criação comercial e a venda ilegal são proibidas por lei em Curitiba. Muitos vizinhos se interessaram pelos cachorros resgatados, que ainda irão passar por um processo de recuperação. No entanto, os protetores destacam que, além destes, vários animais estão disponíveis para adoção.