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Advogados do caso Isabelly batem boca após audiência em Pontal do Paraná

O Advogado Elias Mattar Assad contestou a versão da defesa dos acusados. Foto: Pedro Serápio.
O Advogado Elias Mattar Assad contestou a versão da defesa dos acusados. Foto: Pedro Serápio.

Após a audiência de custódia que definiu que os irmãos Cleverson e Everton Vargas seguirão presos, suspeitos da morte da youtuber Isabelly Cristine Santos, o condutor do veículo em que a jovem estava quando foi baleada, Herbert Luiz de Félix, explicou como se recorda dos fatos. Na saída do Fórum de Pontal do Paraná, após a sessão, os advogados dos suspeitos, Cláudio Dalledone, e da família, Elias Mattar Assad, chegaram a discutir de maneira ríspida devido à versão dada por Assad.

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Segundo o advogado da família, houve contradição entre a versão dada dentro do fórum e o que o defensor dos suspeitos passou para a imprensa. “O que se diz aqui [fora] não é a mesma coisa que se disse lá dentro. O próprio acusado disse que ouviu um tiro e por isso reagiu”, explicava Assad, ironizando a versão apresentada por seu colega, quando teve a entrevista coletiva interrompida por Dalledone. “É mentira, isso não condiz com a verdade”, gritou. Nesse momento, Assad reagiu, também aos gritos, e deixou de falar com a imprensa.

Para o advogado da família, os fatos falam por si mesmos. “São disparos de arma de fogo, alguém que confessadamente efetuou, não nega, e uma menina de 14 anos morta. Esses são os fatos”, resumiu.

Versão da família

Amigo da família da youtuber e motorista do veículo em que Isabelly estava, Félix deu sua versão sobre o incidente. Segundo ele, a situação começou com um potencial acidente. “Evitei um abalroamento lateral. No momento que vi o pisca, para evitar a colisão, joguei o carro para a direita e perdi o controle na frente dele”, relatou em entrevista à RPC, explicando que para efetuar a conversão à esquerda naquele ponto da estrada é preciso pegar a via mais a direita do trecho e cruzar as duas pistas.

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Como acabou rodando com o carro, Félix parou o carro para checar se todos os passageiros estavam bem, e não viu que o outro carro havia parado. “Nesse girar, tive que fazer a volta para retornar para Paranaguá, e nesse giro parei o carro, nem vi que o outro carro tinha parado na frente. Parei para ver se todos estavam bem”.

Nesse momento, o veículo em que estavam foi alvo dos disparos. Em um primeiro momento, tanto Félix como a mãe de Isabelly, Rosania Domingos Santos, pensaram que a jovem teria desmaiado de medo. Mas Rosania logo descobriu que a menina tinha sido atingida. “Achei que ela tinha desmaiado, porque estava de cabeça baixa. Fui puxar ela e vi saindo sangue pelo nariz e pela boca. Quando ergui o cabelo, estava encharcado de sangue”, contou.

De acordo com Rosania, os órgãos da menina foram doados e seu cabelo será entregue ao Instituto Peito Aberto, que trabalha com mulheres para conscientizar sobre a importância da prevenção ao câncer de mama.

Sonhos interrompidos