Palio ELX 1.3 Flex é bom de álcool e gasolina

Para se garantir como líder de vendas, a Fiat Automóveis reestilizou o Palio, que chama mais atenção do que nunca, sobretudo graças ao novo conjunto óptico, com curvas irregulares, superfície complexa e três canhões de luz. Uma beleza singular que combinou bem com o original formato da grade dianteira perfurada.

Embora tenha sido redesenhada para oferecer mais 10 litros de espaço no porta-malas, a sua traseira mais reta não chama tanto a atenção. Não há mais frisos de borracha. Suas lanternas traseiras ficaram maiores, mais estreitas e invadem mais as laterais do que as dos modelos anteriores.

Na lateral, a única mudança são as maçanetas ressaltadas e com mecanismo de funcionamento mais ergonômico. Mas a mais bem-sucedida evolução do novo Palio é o seu interior. Com materiais de melhor qualidade, tanto ao toque quanto no acabamento, o padrão carro da Fiat surpreende nesse item. O novo desenho dos instrumentos, a posição das alavancas e botões, enfim, quase tudo contribui para uma melhor ergonomia e conforto dos passageiros.

O seu painel de instrumentos teve inspiração no desenho dos carros de Fórmula 1. A pequena área em forma de semicírculo inclui velocímetro, tacômetro, relógio digital, indicador de combustível e hodômetro. Todos os instrumentos podem ser operados com facilidade pelo motorista porque estão localizados na região correspondente à metade superior do volante.

Desempenho

A Fiat estreou o “motor flex” em sua linha na versão ELX 1.3 do Palio. Usando o sistema da Magnetti Marelli, seu motor funciona bem com qualquer proporção de gasolina ou álcool, só gasolina ou so álcool. Isso se traduz numa potência específica relativamente baixa, se comparado aos 1.0 litro mais potentes.

São 71 cv de potência e 11,6 kgfm de torque com uso de álcool apenas (e 70 cv a gasolina), que não empolgam ao dirigir. Para compensar isso, o torque máximo está disponível a 2.250 rpm, o que, juntamente com o escalonamento curto das duas primeiras marchas, dão ao carro energia suficiente para boas arracandas, mas fazem falta em velocidades mais altas.

O motor não empurra tanto, e o câmbio nos pareceu um pouco longo. A estrutura do carro, 24% mais rígida que a anterior, tornou a passagem por superfícies irregulares mais firme. Porém, após alguns quilômetros rodados, é possível se observar que ele conserva quase a mesma dirigibilidade do modelo antigo.

É quase impossível se saber qual o combustível que está no tanque. Só olhando para o marcador de combustível. Se o indicador do nível de combustível começar a descer rapidamente, certamente será álcool que estará impulsionando o novo Palio ELX 1.3 Flex.

A posição elevada na frente contribui para um padrão de dirigibilidade mais segura e menos cansativa para o condutor. Pequeno e versátil, na cidade mostrou grande vocação para superar os congestionamentos nos grandes centros. (BN)

OLHO CLÍNICO

O Palio ELX 1.3 Flex de 3.ª geração é para quem quer mais e não pode comprar um médio como o Stilo. A versão 1.3 Flex vale o que oferece? Pode-se dizer que sim, afinal é um carro “não-popular”, com acabamento acima da média e preço extremamente competitivo. O desempenho, este sim, é que deixa um pouco a desejar.

Em alta velocidade continua o ruído alto (que precisa ser melhorado), embora a Fiat diga que o veículo melhorou sensivelmente nesse aspecto. O revestimento é de tecido e não há chapas aparentes, pois a forração cobre todos os espaços. Tanto as portas quanto o painel possuem vários tipos de texturas e cortes em peça única, fator que ajuda a diminuir as áreas de atrito e, por conseqüência, o nível de ruído interno.

O Palio ELX 1.3 Flex ganhou alguns recursos, opcionais na maior parte dos itens, que elevam a sensação de bem-estar a bordo. Uma exceção é a alavanca interna de abertura das portas, de dimensões reduzidas e que dificultam o manuseio.

Seguindo a tendência dos porta-trecos, a Fiat encontrou vários lugares para introduzir esse auxílio, o que quase não existia na geração anterior. São nove pontos, entre porta-copos, porta-objetos e porta-óculos. Quem não optar pelo “airbag” do passageiro, pode utilizar seu espaço como um segundo porta-luvas, semelhante ao existente no Stilo.

Outro conforto encontrado no novo Palio é o Sistema “My Car”, o mesmo do Stilo, equipamentos comuns em veículos de categoria superior, com informações para controlar a velocidade, o consumo e avisos de alerta de portas abertas. Enfim, o novo Palio ELX 1.3 Flex é um carro compacto para quem quer mais e não pode comprar um médio como o Stilo. (BN)

FICHA TÉCNICA

Motor:

Transversal, anterior, 4 cilindros em linha

Cilindrada total:

1.242 cm³

Potência máxima

(ABNT) / regime: 70 cv / 5.500 rpm (gasolina) – 71 cv/ 5.500 rpm (álcool )

Torque máximo

(ABNT) / regime: 11,4 kgm / 2.250 rpm (gasolina ) – 11,6 kgfm / 2.250 rpm (álcool )

Ignição:

Eletrônica digital incorporada ao sistema de injeção

Combustível:

Gasolina/Álcool

Injeção Eletrônica:

Magneti Marelli, multiponto, seqüencial indireta

Câmbio:

manual 5 marchas

Tração:

Dianteira com juntas homocinéticas

Sistema de freios

Hidráulico com comando a pedal. (ABS opcional)

Dianteiro:

A disco ventilado com pinça flutuante

Traseiro:

A tambor com sapatas autocentrantes e regulagem automática

Suspensão dianteira:

MacPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores transversais, com barra estabilizadora

Suspensão traseira:

Com rodas independentes, braços oscilantes longitudinais e barra estabilizadora

Direção:

Mecânica (opc. Hidráulica) com pinhão e cremalheira

Rodas:

5,5 x 14″, aço estampado (opc. 5,5 x 14″ em liga leve)

Pneus:

175/65 R14

Peso:

975 kg

Carga útil

(com condutor): 400 kg

Peso máximo rebocável

(reboque sem freio): 400 Kg

Dimensões externas

Comprimento:

3.827 mm

Largura:

1.634 mm

Altura do veículo (vazio):

1.444 mm

Distância entre-eixos:

2.373 mm

Altura mínima do solo

(vazio): 150 mm

Compartimento para bagagem

(banco na posição normal): 290 litros

Tanque de combustível:

48 litros

Desempenho

Velocidade máxima:

157 km/h (gasolina) / 159 km/h ( álcool)

0 a 100 km/h:

14,6 s (gasolina) / 14,4 s (álcool)

Consumo

Ciclo urbano:

13,0 km/l (gasolina) / 9,2 km/l (álcool)

Ciclo estrada:

17,2 km/l (gasolina) / 12,8 km/l (álcool)

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